domingo, 8 de maio de 2011

Cogito e as nossas percepções de mundo

Em "Meditações" (publicada em 1641), René Descartes escreve sobre a desconfiança nas percepções que nossos sentidos nos proporcionam.

Na biologia, esses sentidos são cinco: Tato, audição, paladar, visão e oufato. Através dessas cinco habilidades nós podemos perceber o mundo.
• Tato: Com ele nós sentimos às emissões físicas das coisas e as que nos proporcionam (calor, frio, dor, prazer, liso, áspero, etc);
• Audição: Percebemos o mundo através dos sons (barulhento, quieto, estrondoso, etc);
• Visão: Captamos o mundo através de suas imagens, vendo como as coisas são (claro, escuro, colorido, etc);
• Olfato: Notamos o mundo pelos cheiros (agradável, desagradável, etc);
• Paladar: Sentimos os sabores (doce, salgado, amargo, azedo, etc).

Entretanto, em Meditações, Descartes nos passa que devamos desconfiar das percepções que nossos sentidos nos dão do mundo. Mesmo que realistas, ele pensou que estas podem ser apenas alucinações, sonhos,estar doente ou até mergulhando na loucura.
[Exemplo científico podemos dar no caso da visão, com a teoria das cores de Isaac Newton. Nela, o espectro de cores que vemos nada mais são do que uma ilusão de óptica criadas pela luz.]

A conclusão tomada por Descartes foi de que o pensamento é a nossa perceptora da realidade mais confiável, o chamado cogito, nossa capacidade de pensar.

Esse agente enganador que cria essas ilusões que fazem que percebamos o mundo limitadamente foi chamado pelo próprio René Descartes de gênio maligno.

Ainda que nossa capacidade de pensar possa ser "tapeada", ainda assim pensariamos, que duvida, pensa, imagina, fantasia e se engana. Mesmo nossas concepções sendo falsas ou não totalmente verdadeiras, o cogito é verdadeiro.

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