quinta-feira, 29 de julho de 2010

Um sentido para a vida

Vida, oh vida... A vivemos para que? Em favor de que? Por qual razão existimos (tanto nós como qualquer forma de vida)? Essa pergunta assombra-me a cada dia da minha vida e acompanha-me a cada segundo do meu dia. Em quantos muito da minha idade se preocupam com sua posição social e em se esbaldar, eu me pergunto algo que toda a humanidade deveria voltar a se perguntar.

A resposta que os ocidentais dão para o sentido da vida, de que “a vida foi feita pra ser aproveitada, para curtir” é uma resposta que desconsidero totalmente. É uma resposta muito vazia e simplista, além de fútil e pouco racional. Sim, a vida pode ser aproveitada (desde que sempre usufrua do bom senso, claro!) , mas isso não deve ser a sua única prioridade. Se estamos aqui, deve ser por um motivo bem racional.

Darei exemplo de algumas visões do sentido da vida comuns dadas por filósofos e pensadores e alguns exemplos daqueles que a defendiam:
"Aproveite a vida enquanto puder": Thomas Jefferson.
"A vida não tem sentido": Sigmund Freud.
"A vida é um mistério": Napoleão Bonaparte e Stephen Hawking.
"Realizar o bem e prosperidade": Albert Einstein e Jean-Jacques Rousseau .
"Há algum sentido na vida": Charles Chaplin.
"A vida é uma piada": Bob Dylan.

Há uma frase do Bob Marley que li no MSN de um amigo meu e gostei de analisar: "Pra que levar a vida tão a sério, se ela é uma alucinante viajem da qual ja mais sairemos vivos". Pelo o que deu para notar, Bob Marley disse que mesmo a vida sendo algo sério e que deva ter valor, nós não devemos desfrutar dela com seriedade, afinal ... um dia ela acaba mesmo.

Gandhi dizia "Encontro meu consolo e minha felicidade me colocando a serviço de todas as vidas". Vejo essa como uma das razões de estarmos vivos, e também, uma das obrigações que todo ser humano deveria sentir e realizar: O serviço de realizar o bem ao próximo.

Darei dois exemplos sobre a vida que eu aprovo, de dois filósofos admirados por mim:
Um dos meus filósofos favoritos, Johann Wolfgang von Goethe, diz "A vida é a infância da nossa imortalidade". Pois creio que nós, mortais, sejamos portadores de um conhecimento primitivo perante aqueles já se foram. Assim como vamos ficando mais experientes conforme as etapas da vida passam, creio que ao terminar a "infância da imortalidade", nosso conhecimento sobre a verdade torna-se absoluto ou quase absoluto, pois para mim, "viver é conhecer a verdade".
Tem uma frase de Platão que é boa: "Uma vida não questionada não merece ser vivida". Uma vida sem questionar, pensar, conhecer e amar a verdade é vazia, fútil e idiota (infelizmente estas são as palavras que resume a vida de muita gente). Uma vida sem as quatro qualidades que citei agora pouco são, ao menos para mim, existências profanas.

A morte também ajuda a dar sentido para vida, pois tudo muda, e essas mudanças são coisas que as chamamos de "fim". A morte é uma mudança, e provavelmente, algo que ajude a esclarecer a verdade sobre a vida e os mistérios por volta dela.

Recentemente li "O Alquimista" de Paulo Coelho, e a mensagem que o livro passou é: O significado da vida é uma jornada individual para encontrar o "caminho" de cada um. Vendo por esse lado, todo mundo tem uma razão para existir, e uma das únicas verdades da vida é de que devemos realizar nossa jornada a fim de uma grande realização em nossa vida.

Para terminar, há uma frase de Abraham Lincoln que adoro: "E no final das contas não são os anos em sua vida que contam. É a vida nos seus anos". O que vale na vida não é o quanto você a curtiu ou quanto vívido você foi, o que importa é o que você fez (ou não fez) em quanto a vivia.