quinta-feira, 30 de junho de 2011

O terrorismo

"Nenhuma definição pode abarcar todas as variedades de terrorismo que existiram ao longo da história." - Walter Laqueur

Terrorismo é a imposição da violência contra pessoas ou coisas, realizando destruição física (ao patrimônio e genocídios em massa, por exemplo) e terror psicológico. O objetivo do terrorismo é se revoltar contra um governo ou grupo social, usufruindo de extremismo para intimidá-lo e provocar o sentimento de pânico em todos.

Só pelo motivo de muitas vezes o alvo do terrorismo ser um governo, isto não significa que o mesmo não possa ser o terrorista. Esse seria o terrorismo de Estado, qual o governo ostenta de forte uso do poder militar para submeter à população diante do mesmo. 

Esse fenômeno surgiu em nossos tempos, no decorrer dos últimos três séculos. A palavra “terrorismo” foi usada pela primeira vez em 1798 na França pós-revolucionária, para descrever o período de ditadura do Comitê de Salvação Pública. 

Xenofobia, radicalismo político, religioso, étnico e outras formas de intolerância são as causas do terrorismo, que nada mais é do que o uso de ferocidade e disseminação do terror para divulgar seus ideais e reprimir outros.

O terrorismo quando físico possui o fim de causar prejuízos para enfraquecer e intimidar, causando mortes, tortura e até destruição. Esse estado de choque que vem a provocar junto a divulgação de sua atividade e indução do medo o provoca em seu estilo psicológico.

É motivado pela fúria e o medo, pelo orgulho e a frenética providência de lutar pela sobrevivência de um ideal.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Dolo e culpa

"Todo o homem é culpado do bem que não fez." - Voltaire

Quando exercemos uma atitude que tanto quem parâmetro ético e moral é errado intencionalmente chamamos isso de dolo, a vontade de agir com má-fé.

A culpa é o sentimento resultado da avaliação do comportamento reprovável cometido pela mesma pessoa, qual o senso de moral atormenta mentalmente pela vergonha a postura incorreta tomada pela pessoa.
O dolo é a vontade de agir consciente, com a intenção de praticar uma atitude tida pelas normas jurídicas ou morais como inadequada. A pessoa que a comete pode ter ou não noção disso, mais o que impera é o desejo de provocar um delito.

Aristóteles em Ética a Nicômaco disse que para se julgar a má conduta de alguém é preciso observar três aspectos, que para ele, são os fundamentos de uma conduta inadequada: Malícia, incontinência e bestialidade. A pessoa incontinente tem culpa, mas a culpa é menor que o dolo, a intenção de pecar. Esta vontade, quando surge de ocasião, como manifestação da natureza animal é ainda menos grave que aquele pecado que é cometido de forma arquitetada, premeditada, usando a inteligência própria do ser humano a serviço do mal.
[Essa forma de avaliação do mal serviu de inspiração para Dante Alighieri elaborar a justiça de seu Inferno na sua epopéia Divina Comédia!]

Muitas vezes agimos incorretamente sem intenção, isto é, sem intenção, e tomamos consciência disso e nos conscientizamos do erro. Quando se tem dolo, a postura que com ele tomamos é intencional, tanto tomado pela emoção (ostentação, fúria, vingança, orgulho, entre outras), falta de conscientização (como ocorre num atropelamento) ou visão de ética e leis diferente daquelas já impostas.

Em direito, a culpa é um elemento do tipo penal (ou fato típico), qual se comete um delito por negligência, imprudência ou imperícia, ou seja, em razão da falta de cuidado objetivo, sendo, portanto, um erro não-proposital. O dolo é a vontade de agir de forma culposa, estando lúcido ou não de que aquilo é errado e suas possíveis consequências, mas por livre e espontânea vontade.

domingo, 26 de junho de 2011

O direito de pensar

"Reserve o seu direito a pensar, mesmo pensar errado é melhor do que não pensar." - Hipátia de Alexandria

O ato do pensar é valorizado pelos filósofos e intelectuais. Pensar nos faz avaliar nossas certezas e repensar sobre nós e o mundo.

A questão metafilosófica sobre pensar é: "Por que devo pensar? Para que pensar?". A resposta é objetiva. Através do pensar nós refletimos, questionamos e estudamos sobre nossa vida, a visão dos outros e das coisas. O objetivo é formular uma visão de mundo qual o indivíduo pensante a constrói sozinho, resultado do conhecimento aprendido e sabedoria adquirida e aprimorada.

Os pensadores medievais, seguindo o pensamento agostiniano, firmavam que a confirmação da fé deveria estar acima da racionalidade humana, valorizando mais o credo no divino que a intuição do pensamento que o ser humano é dotado.

Seguindo mais adiante, os iluministas conceituavam a razão como ferramenta do pensar, retirando o homem das trevas da ignorância, da superstição, da obscuridade que adoece o intelecto.

Sócrates, defensor da sabedoria como maior virtude ao ser humano, acabou desenvolvendo a maiêutica, método filosófico qual consiste em induzir o pensador a ficar ciente de sua ignorância, o inspirando a buscar o desenvolvimento de suas idéias.

Para este filósofo, o pensar leva a desilusão dos enganos da vida, fazendo o pensante a ter noção do que realmente é necessário para a vida e como deva enfrentar a vida e suas situações.

As pessoas devem, no pensamento socrático, ter liberdade de pensamento e idéias individual, e a justiça deva estar sempre presente nos atos humanos. A justiça e a moral se tornam diretrizes para uma boa conduta.

Platão, seu maior discípulo e escrivão de seus ideais, o defende dizendo que:
Ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se não sei, tampouco suponho saber. Parece que sou um pouco mais sábio que ele exatamente por não supor que saiba o que não sei.

sábado, 25 de junho de 2011

Significado do mundo e da vida existe?

Não posso subjulgar os acontecimentos do mundo à minha vontade: sou completamente impotente.” – Ludwig Wittgenstein

Um grande dilema sobre entender a vida e a existência é o sentido das duas, suas razões e também investigar se há mesmo algo profundo nelas.

Tratar de responder o que é o mundo se torna importante para responder a pergunta do qual o significado de viver e existir nele. Desde os antigos, muitos filósofos sempre relacionaram estar vivo como uma busca pela eudaimonia (aquisição da felicidade). Embora justificando de forma diferentes, vemos pela linha da história filósofos que concordavam com isso, sendo dos estóicos ou até existencialistas.

Essa vertente contrapõe a da insignificância do homem perante a grandiosidade do mundo e sua eternidade, a de que ele será apenas “mais um que o tempo apagará que ele existiu e a eternidade o esquecerá”. O escritor H.P. Lovecraft passava em seus livros a mensagem de o nosso entendimento do mundo (ao menos qual nós a construímos) é instável, e procurar o compreender é algo estranho e de enlouquecer. Visava que essa grandiosidade das verdades universais faziam questões como o sofrimento e problemas da humanidade não passarem de coisas insignificantes.

Entender o mundo faz se entender o significado da existência da vida em si, e em especial, o papel da existência humana.

Para Wittgenstein tudo no mundo acontece pelo acaso, nada no mundo e na vida é obra da realização. Realização e idealização são obras do acaso, do acidente existencial desordenado e aleatório.
Se não existe um significado metafísico nas coisas, também não pode haver significado na ética, afinal, a vida não possui sentido. As coisas possuem o valor que tem, se é que possuem algum valor?
A ética possui a priori de dividir o bem e o mal, que para Wittgenstein, são idealização do homem.

Por fim, Wittgenstein conclui que entender o porque da existência em si não nos cabe, por ser algo muito maior que nós, que somos microscópicos perante a magnificência dessa grandiosa resposta.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Princípio do benefício e prejuízo

"Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças." - Sun Tzu

Na vida sempre quando analisamos o que as coisas nos trazem, nós pensamos o lado bom e o ruim da coisa; estudando e pensando sobre quais benefícios teremos ou não com ela.

Isso seria um princípio de benefício e prejuízo, qual nossa decisão se encontra na condição de uma balança, cabendo nossa análise equilibrar os aspectos positivos e os negativos de alguma coisa. Na necessidade de algo ou na vaidade em ter a mesma sempre recorremos a isso.

Em administração existe o conceito da análise SWOT (que é traduzido ao português como F.O.F.A, que é a abreviatura de Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças), que é utilizada para se fazer uma síntese de análises relevantes aos seus objetivos e metas.

Você mesmo em sua vida usa isso, por exemplo quando vai comprar algum produto. Observa-se coisas como a qualidade do mesmo, preço, sua eficiência e necessidade em o ter. O resultado da união de qualidades e defeitos julgados determina decisões que devam acarretar em o comprar ou não, ou no seus fabricantes em fazer alguns ajustes, por exemplo.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A política legalista

Legalismo é o nome dado ao comportamento de devoção e fidelidade as leis e submissão em sentido moral as mesmas.

Surgiu na China Antiga, na Dinastia Qin. O conceito legalista foi idealizado por Shang Yang, contemporâneo da unificação chinesa, sendo que a época em que viveu contribuiu para o sucesso de sua escola de pensamento político. O conceito legalista possui um equivalente ocidental na filosofia de Maquiavel, e outra também oriental em Kautilya.

Shang Yang foi um estadista que, com o pensamento legalista (por ele criado), igualando a aristocracia ao povo perante o império, revogando seus privilégios e regálias.
[Isso contribuiu para a Dinastia Qin, a primeira com a China unificada, se tornando então a primeira nação do mundo a ter um governo centralizado; igual nos dias de hoje.]

Com um espírito bem ditatorial, o governo legalista aboliu a nobreza e privilegiou então os guerreiros mais talentosos do imperador (por meritocracia), sendo a elite militar logicamente uma importante ferramenta de um governo absoluto.

O governo legalista defendia um governo centrado na base de leis, e não na base da moral, como defendia Confúcio.

O filósofo chinês Han Fei afirmava que o Estado deveria usufruir de seu poder de governar se sustentando na seguinte trindade:

•    Fa (法): lei do princípio, o código legal deve ser escrito de forma clara e deve ser feito público. Todas as pessoas sob a jurisdição do governante são iguais perante a lei. Leis devem recompensar aqueles que obedecem-nas e punir de acordo aqueles que não o fazem. Assim garante-se que as ações tomadas sejam prognosticadas. Em adição, o sistema legal comanda o Estado, não o governante. Se a lei é garantida de forma efetiva, mesmo um governante fraco será forte.
•    Shù (術): método, tática ou arte. Táticas especiais ou "secretas" devem ser tomadas pelo governante para garantir que outros não tomem controle do Estado. Assim, ninguém pode prever as motivações do governante, e portanto não é possível saber qual atitude pode agradá-lo, exceto seguir as fã ou leis.
•    Shì (勢): legitimidade, poder ou carisma. É a posição do governante, não o governante em si, que possui o poder. Para tanto, análises do contexto, dos acontecimentos e dos fatos são essenciais para o governante.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Tabula rasa

"Conhecimento de ninguém aqui pode ir além de sua experiência." - John Locke

A tabula rasa (que em latim significa "tábua raspada") é uma tese epistemológica desenvolvida pelo filósofo inglês John Locke em sua obra Ensaio acerca do Entendimento Humano, de 1690.

A teorização da tabula rasa remonta Aristóteles, mas foi apenas com o Locke que esta se tornou melhor elabora, estruturada e explicada.

Para entender melhor o que é a tabula rasa, compare-a com uma folha em branco. Foi essa a comparação que Locke fez de como o ser humano é ao nascer, sem formações, personalidade, conhecimento; nossa mente nada possui, assim como uma folha em branco.
[A palavra tabula, no contexto usado pela tese, é uma referência às tábuas cobertas com uma fina camada de cera que se usava na Roma Antiga para escrever, onde se fazia incisões sobre a cera para se escrever nela. As incisões podiam ser apagadas, ou seja, o conteúdo das tábuas podia ser apagado ou raspado.]

É uma dissertação ao favor do empirismo, qual afirma que não existem idéias inatas e nem intuitivas, afirmando que o conhecimento humano se baseia na experiência empírica. A mente humana em Locke seria então como uma folha de papel, sem conteúdo ao nascer, e conforme vai crescendo e se desenvolvendo, seria como se os desenhos e escritas num papel representassem o aprendizado pela experiência.

Todo o processo do conhecer, do saber e do agir então seria aprendido através da experiência empírica. A condição da consciência então é desprovida de intuição e concepções inatas; como uma folha a ser preenchida.

domingo, 19 de junho de 2011

Hermenêutica: A interpretação da palavra do autor

Quando se trata de interpretar um texto, a hermenêutica é a arte de interpretar no texto o que o autor pretende passar, isto é, tentar compreender o texto dentro do que o autor teve intenção de passar.

A origem do termo alude ao deus grego Hermes, mensageiro dos deuses, qual o título de patrono da comunicação e a linguagem a ele se atribuíam. Esse nome em sua homenagem mostra o quanto a hermenêutica procura ser precisa e quanto tenta ser correta em suas interpretações.

"Como é possível o compreender?" - Wilhelm Dilthey

A frase acima é uma questão fundamental da hermenêutica. Numa interpretação de texto comum é necessário apenas analisar e compreender o que texto quer exprimir, sobre seu assunto e contexto em que os seus elementos se encaixam. A hermenêutica exige um pouco mais, pois é necessário conhecer sobre o autor, sobre sua visão de vida, razões para escrever a obra, sua vida e época em muitos casos também é importante saber a respeito; entre em fim, estudar o escritor.

A estrutura da compreensão hermeneuta mostra como fatos como a época, contexto cultural e outras influências na visão do autor são necessárias para se entender corretamente o que este quis passar em sua escrita.

Hermenêutica não é uma análise subjetiva, e sim um entendimento do outro, não podendo se achar nada com seus olhos, e sim apenas reconhecer o que se fica claro e evidente.

sábado, 18 de junho de 2011

Esperança

"A esperança é o único bem comum a todos os homens; aqueles que nada mais têm ainda a possuem." - Tales de Mileto

Ter expectativa numa coisa é esperança, uma espera de uma meta ou algo desejado visto por uma boa perspectiva. A esperança é otimista, e muitos dizem que ela é a última que morrem... mas será que isso é verdade? Há limites para se ter esperança? Quando devemos senti-la ou não? Quais suas raízes?

O sentimento de esperança surge quando procuramos se obter uma meta ou algo que focamos nossa vontade, qual a esperança nada mais é que o suplemento de nossa confiança e determinação em se alcançar a meta que aparece ou implantamos em nossa vida.

A expressão popular diz que a esperança é a última que morre, correto? A pessoa esperançosa é até bem virtuosa por esse aspecto, porém, uma das maiores decepções na vida é o excesso de expectativa, isto é, cobrar de mais que algo seja da forma desejada, afinal, nunca sabemos qual o roteiro que a vida segue.

Deve-se sim em algumas circunstancias saber quando “você perdeu”, mas não se deixar abalar pelos fracassos e decepções da vida. A esperança é a vontade querer algo que lutar por isso, até que o contrário esteja de fato evidente, isso sendo a conquista não realizada.

Mesmo que saber reconhecer as derrotas da vida seja bom, ter esperança é fundamental para reconhecer a vitória.

"Quem não arrisca nada não precisa de esperança para nada." - Friedrich Schiller

sexta-feira, 17 de junho de 2011

As doutrinas liberais e socialistas

"O objetivo primordial e necessário de toda a existência deve ser a felicidade, mas ela não pode ser obtida individualmente; é inútil esperar-se pela felicidade isolada; todos devem compartilhar dela ou então a minoria nunca será capaz de gozá-la." - Robert Owen


As transformações que começam a ocorrer na transição do século XVIII para o XIX na Europa e em todo o mundo ocidental criaram espaço para a formulação de doutrinas teóricas que justificavam de forma regular ou criticavam e condenavam a ordem sócio-econômica e política da época.

Nesse tempo que surgiram dois grupos: Os anarquistas e os socialistas. Ambas as ideologias pretendiam chegar ao comunismo, a sociedade justa e igualitária, sem classes. O que mais diferencia elas é que o socialismo antes tem como fim eliminar o capitalismo e intervir na ordem social um tempo, e por fim chegar ao comunismo. A anarquia é a transição direta para o comunismo.

Anarquistas

Adeptos do liberalismo tanto político como econômico, os anarquistas defendiam e teorizavam uma sociedade sem governantes. Para estes, o problema de todo governo seria a própria existência do mesmo, qual a sociedade só será justa quando o governo for de todos e não de poucos.

Na forma liberal, o Estado pode coexistir com a sociedade desde que não intervenha em sua liberdade pessoal e interpessoal, cabendo apenas não deixar que se abuse desse direito. A anarquia pensa diferente; pois o Estado é o problema, pois a sociedade só seria igual e justa com a inexistência de governo, substituindo a responsabilidade dos governantes para a própria população.

Pode-se citar como influentes pensadores da anarquia Robert Owen, Ned Ludd, David Ricardo, contando também com influencia liberalistas como John Locke, Adam Smith, Thomas Malthus e Turgot, além de precursores como Díogenes e Aristipo de Cirene.

Socialistas

Nasceu com a reação do proletariado aos efeitos da Revolução Industrial, quais os socialistas então começaram a criticar a estrutura sócio-trabalhista que esta causou. O socialismo defende a intervenção no Estado no trabalho e na economia, cabendo ele administrar de forma mais igualitárias ou menos injusta a ordem sócio-econômica.

Seus teóricos fizeram análises acerca dos problemas que criticavam sobre as injustiças no trabalho e condição de miséria social, como também idealizar soluções para uma sociedade menos desgraçada com uma população menos miserável. Exemplos disso é a luta de classes da teoria marxista e o apoio da violência para se chegar a sociedade sem classes defendida pelo movimento bakuninista.

Influentes pensadores e teóricos socialistas são Claude de Saint-Simon, Charles Fourier, Karl Marx, Friedrich Engels, Proudhon e Bakunin. Além de também de influências para o socialismo, como Thomas More.


Ambas as correntes ideológicas criticavam a evolução que o capitalismo seguia, como a máquina substituindo o homem no mercado e a miséria resultado da falta de qualidade de vida para todos.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ataraxia e a serenidade do espírito

Ataraxia é o termo grego criado por Demócrito, utilizado para nomear a tranquilidade da alma, um estado de espírito ausente de preocupações. Se tornou um elemento chave na filosofia epicurista, estóica e cética; se traduzindo numa verdadeira paz espiritual, livre de inquietação. Ensina a viver dentro do necessário e apropriado, sem ambições grandiosas e desapropriadas.

Além dos três grupos de filósofos citados acima, os epicuristas, estóicos e céticos, os latinos filósofos Sêneca e Marco Aurélio também difundiram o conceito de ataraxia em seu pensamento.

"A vida do justo é pouco perturbada por inquietações, a do injusto é cheia das maiores inquietações." – Epicuro

É um controle das emoções e pulsões, desejos e renúncia às tentações, visando libertar as pessoas de preocupações e da necessidade imediatista de saciar o repulso ao vazio existencial. Isso resulta numa felicidade que embora ainda efêmera, seja baseada pela virtude, não um encobrimento temporário sobre nossos desejos superficiais.

Renunciar as paixões e tentações do mundo induz a um autoconhecimento de um meio ético e estável de se ter prazer natural, uma satisfação que tenha fundamento e algum significado que não seja realizar suas pulsões necessitarias.

"Tenha poucas ocupações, diz o sábio, se quiser levar uma vida tranqüila." - Marco Aurélio
"Depois de nos precavermos contra o frio, a fome e a sede, tudo mais não passa de vaidade e excesso." - Sêneca

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Diferencial de um professor de filosofia

Filosofia é uma disciplina escolar obrigatória desde 2008 pelo MEC, ao menos no Ensino Médio, e é uma matéria não muito atrativa aos alunos, pelo menos normalmente. O gosto do aluno até pode determinar seu gosto ou não pela filosofia, mas normalmente um bom professor desperta o interesse e gosto do aluno pela filosofia. [Ou faz o mesmo perder o interesse, depende do professor!]

Um professor de filosofia deve ter primeiro de tudo gostar de passar conhecimento (gosto por ensinar), pela leitura, escrita e o debate. Se torna essencial sempre procurar mais sobre o que falar, e como passar esse conhecimento, tendo que saber e desenvolver sua didática de ensinar.

É importante o gosto pela leitura, ampliando seu conteúdo para passar aos alunos refletirem e pensar (até mesmo para o próprio professor também), desenvolvendo seus argumentos e teses a respeito do que se estudou.

A didática é importante. Só por que é professor não significa que a pessoa saiba ensinar. No caso de quem ensina filosofia, uma matéria não tão valorizada e agradável à todos, o professor deve incentivar o trabalho do pensamento de refletir e criticar dos alunos por meio de coisas presentes no dia-a-dia, curiosidades ou análises mais profundas do que cerca suas vidas eles notando ou não.

Uma coisa que alguns professores fazem que é aconselhável é introduzir os alunos na filosofia, os introduzindo na estética, metafísica, ética e moral, e o fazer enxergar o uso utilitário da filosofia na vida, o fazendo compreender sobre a sociedade, política, direito, crendice e outras questões de suas vidas e cotidiano.

Embora essas qualidades renderem num bom diferencial, o máximo que um professor de filosofia faz é ensinar filosofia, não a filosofar. Embora consiga passar bem filosofia na teoria e saiba ensiná-la de uma forma atrativa aos alunos, filosofar se aprende sozinho.

domingo, 12 de junho de 2011

O doce e amargo amar

[Postagem dedicada ao Dia dos Namorados!]

Amor possui vários significados e categorias; tendo amor entre pais e filhos, à algo que goste, à pátria, deus, etc. Entretanto, aquele amor que mais alegra, entristece, inspira, motiva, agoniza e faz o homem sofrer é o amor romântico, o sentimento de ver o bem estar na pessoa amada e encontrar alegria, saudade ou dor ao pensar nesta.

"Amor é fogo que arde sem se ver." - Luíz Vaz de Camões

Platão dizia que o amor verdadeiro se baseava na virtude, uma indescritível e interpretativa forma de dizer que o amor é dado pelas qualidades afetivas e vínculos com a pessoa amada; não por interesses e meros atrativos, este sendo o então chamado amor platônico. Em uma de suas mais prestigiadas obras, O Banquete (Simpósio), Platão disserta sobre o amor através de uma história.

Em Ética à Nicômaco, Aristóteles afirma o amor não como apenas uma emoção, e sim como uma relação que implica em mutualidade e benevolência recíproca.

Kant foi outro filósofo a refletir sobre o amor, o dividindo em patológico (o amor envolvente de uma emoção passiva), que era inferior ao prático (aquele que se dá pelo respeito e preocupação).

Outra relação estabelicidade é a dualidade do amor e sexo em Schopenhauer. Ele mesmo dizia que o amor nada mais era do que uma desculpa para o interesse em ter em quem descontar os desejos eróticos. Seria nada mais a fixação em seu alvo qual disperta seu desejo inconsciente de expor os instintos primitivos sexuais do ser humano.

"O coração tem razões que a própria razão desconhece." - Blaise Pascal

O amor romântico-erótico [o qual esta postagem disserta] é a emoção qual o ser humano mais sente forte por alguém.

• O amor romântico é aquele qual a pessoa se interessa por uma pessoa por meio de qualidades na personalidade dela que te tragam conforto e aprovação em estar perto dessa pessoa, que te dê saudade quando longe e solte fogos quando perto. A beleza e sensualidade podem chamar de alguma forma atenção, mas de forma não tão significativa (principalmente quanto ao grau de sensualidade). É aquele amor qual a pessoa possui a vontade de ver a pessoa amada feliz e ao seu lado, havendo então uma balança entre o que você quer dar à pessoa amada e a realização que você procura em ter com ela.
• O amor erótico é aquele baseado na atração física, principalmente ao desejo e excitação que a outra causa em quem está amando. O amor erótico nada mais é do que um jogo de sedução e charme, cujo objetivo é apenas se envolver em puro sexo e envolvente erotismo com o alvo de seu desejo amoroso.

Também existe a paixão, coisa que se deve diferenciar do amor. A paixão é um desejo por uma pessoa de forma similar ao amor, mais sem querer algum comprometimento com ela, tendo apenas o fim de suprir carência ou o desejo provocado pela beleza e os atrativos físicos alheios.

O amor quando correspondido é algo maravilhoso quando se sabe sentir, pois os enamorados desfrutam tanto deste doce sentimento ao ponto de querer escapar da razão. O amor não correspondido ou "impossível" é sofrido, pois você se encontra numa condição incapaz de ter a pessoa que ama e dela te ter.  Terminar ou perder a pessoa amada também fazem a pessoa sentir o lado obscuro do amor.

Apesar se ser em grande parte pura emoção, o amor para ser saudável é necessário um pouco de razão. Uma pessoa que quer apenas o próprio contento na relação e não se baseia em tratar e cuidar bem da pessoa amada, o amor entre estas se torna apenas um escapismo do quanto o outro pode o deixar bem perante os outros.

Amores baseados em vaidades, interesses e prazeres não passam de paixões e relações instáveis. Amores mal remediados são instáveis, porém, fortemente sentidos nas horas boas e ruins. Amores racionais por assim dizer sempre trazem contento, mesmo nas horas ruins, mesmo quando não se tem a amada ao seu lado, priorizando sua felicidade como causa maior.

Sobre o amor...
"Na vida do homem, o amor é uma coisa à parte, na da mulher, é toda a vida." - Lord Byron
"O sexo busca o prazer; o amor, a pessoa." - Fulton J. Sheen
"O amor é um sentimento tão delicioso porque o interesse de quem ama confunde-se com o do amado.” - Stendhal
"Nada há tão doce na vida como os jovens sonhos de amor." - Thomas More
"O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são." - Nietzsche
"Amar é encontrar na felicidade de outrem a própria felicidade." - Gottfried Leibniz
"O amor é a força mais sutil do mundo." – Mahatma Gandhi
"Temer o amor é temer a vida e os que temem a vida já estão meio mortos." - Bertrand Russell
"O amor é uma flor delicada, mas é preciso ter a coragem de ir colhê-la à beira de um precipício." - Sthendal
"O fundo de uma agulha é bastante espaçoso para dois enamorados; mas o mundo todo é pequeno para dois inimigos." - Solomon Ibn Gabirol
"Ao toque do amor, qualquer um vira um poeta." - Platão
"É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a vida, quanto dizer que um violinista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música." - Balzac
"Se você acredita em amor a primeira vista, nunca pare de olhar." - Frase do filme Closer (Perto Demais)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sobre à origem de tudo

Quando nos perguntamos questões existenciais, sobre nós, forças além de nós e o universo em si; uma das perguntas mais recorrentes é a origem do Universo, em caráter filosófico, a cosmogonia. [Não confundir com cosmologia, esta sendo de caráter científico!]

A cosmogonia é uma explicação para a origem da existência, seja universal ou apenas da existência da vida.

Desde os tempos dos primeiros seres humanos é tentado se explicar à origem da existência do universo, e várias culturas e religiões fizeram isso. Todas explicam de forma simbólica, dando origem ao mito, uma forma representativa de se explicação racional por meio de histórias fantasiosas.

Alguns elementos em mitos criacionistas se repetem nas diversas crenças e culturas, como o ovo cósmico ou do deus primordial morto e desmembrado cujas partes vão criando tudo no mundo e no universo.
Vários exemplos podem ser citados, como o mito de Pan Ku dos chineses, o Enuma Elish dos sumérios, o Gênesis e as descrições na obra Teogonia de Hesíodo.

Em princípio existem três categorias de explicações cosmogônicas: Um universo criado do nada, um cíclico e um "sem começo, sempre existente".

Uma explicação metafísica e conhecimento de preceitos científicos facilitam pensar nessa questão, da origem da vida à origem de tudo. Entender o universo resulta numa compreensão melhor de suas causas e efeitos; e entender à vida alivia mais as dúvidas em relação ao sentido desta e seu significado.

As cosmogonias nos mostram o fascínio (e eterno debate) na explicação humana para a origem do mundo, o universo e a existência em si. A origem das coisas se extende da origem da existência até a origem da vida, algo que se torna uma imortal incógnita para o ser humano, sendo isto algo profundo demais para este ter conhecimento ao menos  por um tempo, este tempo sendo os dias de vida.

domingo, 5 de junho de 2011

Em relação ao passado

"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para frente." - Søren Kierkegaard

Muitas pessoas pensam que o passado é algo que não pode ser mudado, e estão certas; porém, erram em acreditar que este não possui influência em nosso presente, que o mesmo fará com o futuro.
O passado não deve ser desconsiderado, e sim entendido. A pessoa que estuda seu passado terá conhecimento de seu presente, e se tiver olhos abertos para seu presente, poderá imaginar um futuro possível.

Começando por nossa formação pessoal, que é resultado do passado. Aprendizado, traumas e acontecimentos marcantes que vão reformando sua concepção das coisas e do mundo e até mesmo mudando seu caráter.

Sem passado não existe presente e nem futuro. O presente é o efeito, o passado é a causa, e o futuro consequência. Traduzindo, o passado dá sentido ao presente.

Exemplos a se ilustras: Uma pessoa de bem com o presente está no mínimo satisfeita com seu passado, ou de alguma forma com a consciência livre em relação ao mesmo. Uma com problemas pessoais (ou qualquer outro tipo) no presente é por ter um fantasma do passado que ainda a atormenta.

"Conta-me o teu passado e saberei o teu futuro." - Confúcio

Uma coisa que aprendemos com o estudo da história é que o passado acaba acarretando em alguma mudança presente, seja em questão cultural, moral, política, etc. Imagine uma coisa na história que acabasse acontecendo de forma diferente da qual aconteceu – Com toda certeza isso implicaria na mudança de vários outros acontecimentos, e de alguma forma o presente seria bastante diferente.

Vale lembrar que qualquer acontecimento histórico ou presente que um dia entre para a história é sempre justificado por um passado. O passado é importante para se entender o presente e especular o futuro; e quanto mais voltamos no tempo, mais veremos que conforme o passado fica mais distante ele se torna mais crucial.

"Quando o passado não ilumina o futuro, o espírito vive em trevas." - Alexis de Tocqueville

Quando se possui um passado sombrio, ele de certa forma escurece nossa vida. A pessoa pode procurar o superar, mais o fato de não querer repetir seus erros ou que alguém não os cometa já é alguma forma dela mostrar sua vergonha e repulso pelo que ela fez ou foi um dia.

Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.” – Dalai Lama

sábado, 4 de junho de 2011

Os ensaios

José Ortega y Gasset definiu a produção de ensaios como a "ciência sem prova explícita".

O ensaio é um estilo literário breve, direto, didático, refletivo e crítico, expondo o autor suas idéias. Retrata a defesa de seu escritor sobre determinado ponto de vista, inspirado em sua reflexão, dedução ou provas empíricas.

São escritos em formato discursivo formal ou informal. Quando se é formal, é necessária uma leitura objetiva, didática e metódica, marcada pela crítica. Se for informal requer capricho e dinâmica veicular.

A estrutura básica de um ensaio filosófico se apresenta de forma bem estruturada: Consiste primeiramente em apresentar o assunto a ser argumentado, seguido de teses ao favor da opinião do autor. Deve então em seguida especular e provar os argumentos válidos, suas premissas verdadeiras e concluir o que se foi provado de forma lógica e eloquente.

"Um discurso tem duas partes: temos de apresentar nossa tese e temos de a demonstrar."- Aristóteles

O que Aristóteles quis dizer é que o ensaio possui uma divisão básica, que é expor e explicar a tese que se apresenta (afinal, para isso servem os ensaios).

Um dos mais trabalhados guias relevantes ao preparar e elaboração de ensaio é Fedro, de Platão. Um trecho que enfatiza os cuidados a se tomarem ao escrever um ensaio, segundo Platão:

"Todo discurso deve ser construído como uma criatura viva, dotado por assim dizer do seu próprio corpo; não lhe podem faltar nem pés nem cabeça; tem de dispor de um meio e de extremidades compostas de modo tal que sejam compatíveis uns com os outros e com a obra como um todo."

Mesmo o conceito dos ensaios filosóficos remontarem aos antigos, foi apenas no século XVI, com filósofos como Francis Bacon e Michel de Montagne que os ensaios começaram à se desenvolver melhor, ganhando mais características e particularização de um tratado ou qualquer outro tipo de texto. Montaigne mesmo idealizou em sua obra Ensaios que o gênero literário homônimo qual este foi pioneiro era então apenas um gênero literário de argumentação refletiva pessoal.

Muitos filósofos, à partir de Montaigne e Bacon (do primeiro principalmente), começaram a escrever suas teses com base nos elementos apropriados para se escrever um ensaio cujo o fim é entendimento do leitor. Alguns deles são John Locke, Voltaire, Albert Camus, C.S. Lewis e outros filósofos e escritores. [Os antigos também, mas a noção do que é ensaio começou apenas a ser melhor compreendida com Montaigne. Vários filósofos antigos também foram ensaístas, como Plutarco por exemplo.]

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Entendimento social de Maquiavel e Morus

O italiano Maquiavel e o inglês Thomas Morus foram influentes no pensamento sociológico e político. Na Utopia de Thomas More, o mesmo retrata uma sociedade idealizada, como deveria ser. Já em O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, ele faz uma arguta observação das relações humanas, além de um ponto de vista menos idealizador do ser humano.
Porém, o que em ambos podemos notar é como as relações sociais passam a desenvolver a instabilidade social, sendo a paz ou calamidade resultado das condições econômicas e políticas e como estas são trabalhadas. Esses filósofos expõem os valores de sua época ao confiar os destinos dos povos e sua organização nas mãos de governantes competentes e sábios.

A história se torna um conhecimento valoroso para eles, com objetivo dos fatos passados terem relevância na melhoria e reflexão, como fonte de experiência e informação. Maquiavel se faz valer de fatos e líderes passados como defesa de seus ideais, mostrando ser possível reconhecer a vida social, dependendo de leis que afetam em algum grau a sociedade independente de época e lugar. O conhecimento da história se torna então uma melhor compreensão do presente.

Ambos caracterizam a ação do homem, seja ela passada ou presente, como alicerces de seu entendimento sociológico.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A tentação do vício

"Toda forma de vício é ruim, não importa que seja droga, álcool ou idealismo."- Carl Gustav Jung

O que é vício? É aquilo que se toma como um hábito repetitivo que praticamos e que essa constante frequência é danosa de alguma forma.

"Sou escravo pelos meus vícios e livre pelos meus remorsos." - Jean-Jacques Rousseau

Uma anestesia da dor seria uma boa definição do que é vício. Os vícios nos dão prazer através de um meio tentador e alivie assim alguma dor dentro da pessoa, seja ela percebendo ou não. O vício é um prazer nocivo, um exagero de algo que pode ou não fazer mal de fato, mas acaba fazendo pela falta de temperança. Dizendo de forma clara, o vício é um meio de ocultar um sofrimento interno, provocando uma busca deliberada por prazer e "sufocar do tormento".

O conceito teológico cristão dos sete pecados capitais são uma teoria ética dos vícios em relação ao homem. Seu idealizador original, Evágrio do Ponto (ou Pôntico), listou os males mais tentadores para o ser humano, que embora doces para nossas pulsões, são corrosivos para nossa alma.

O primeiro malefício que podemos perceber no que o vício provoca é a dependência. Com o tempo, o alvo do vício se torna um costume, algo rotineiro, e de alguma forma nos apegamos tanto que acabamos precisando dele como se fosse uma necessidade básica de nossa vida.

"Só o forte e corajoso é capaz de se livrar de um vício." - Provérbio judaico

Se apresentam de várias formas. Tem gente que é viciada em drogas, jogatina, sexo, comida, trabalho, estudar, e mais. Não importando com qual se apresente, o vício é um prazer de realização imediata e qual sem ele o viciado se sente vazio, péssimo, entre outras forma de se dizer que depende daquilo.

"Todas as substâncias são venenos; não existe uma que não seja veneno. A dose certa diferencia um veneno de um remédio." - Paracelso

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Característica da política

Política é por dizer a ciência e execução da organização e administração de um Estado ou nação. Envolve o direito (o corpo de normas que visam o que é correto ou não), economia (fatores que controlam a circulação de dinheiro), entre outros elementos para cuidar de um país. Não importa em que forma de regime, consciência política é necessária.

"Política é a arte de governar os povos." - Aristóteles

Sendo ciência ou arte, todo governo é controlado por meio de intervenções, sejam de forma democrática, por meio de representantes ou do poder total da autoridade máxima. Dentro do papel político de um cidadão, cabe à ele estar envolvido nos poderes administrativos estatais ou apenas ter de viver de acordo com as leis já estabelecidas (que de fato se aplica à todos, mas ao povo cabe apenas seguí-las, cabendo ao povo apenas viver sobre elas). Os representantes (senadores, conselheiros, ministros e outras autoridades políticas) possuem direito de influência politica, o povo apenas acaba vivendo sobre as leis criadas. [Exceto na democracia, qual o povo possui certa intervenção, embora limitada.]

"Há duas maneiras de fazer política. Ou se vive 'para' a política ou se vive 'da' política. Nessa oposição não há nada de exclusivo. Muito ao contrário, em geral se fazem uma e outra coisa ao mesmo tempo, tanto idealmente quanto na prática." - Max Weber

Algumas definições de política para influentes teóricos políticos:

Thomas Hobbes: "consiste nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem"
Bertrand Russell: "o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados"
Nicolau Maquiavel: "a arte de conquistar, manter e exercer o poder, o governo" (em O Príncipe)

"Na política, os ódios comuns são a base das alianças." - Alexis de Tocqueville

É meio complicado explicar o que é política para um leigo, mas dizendo de forma simplificada, é a unção e relações que regem o comportamento do Estado em questões administrativas; como militares, jurisdiciais; e consequentemente em sociais e até culturais.