sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Psique do medo

O medo está implantado na gente de várias formas: O desconhecer, a aversão, o não querer. O medo possui até mesmo uma forma doentia, qual conhecemos como fobia.

Existe o medo de adoecer; de amar; da ameaça; da solidão; de algo maior qual não compreende, entre vários outros.

É um sentimento que mexe com o psicológico da pessoa, qual a tendência dela é ficar agitada. O ser humano fica agitado quando sente medo; e medos são, em geral, a manifestação de qualquer fraqueza, qual se interpreta como uma aversão.
O medo é a raíz de muitas coisas. Pode gerar violência e cólera, dar origem à uma crença (ou converter quem está passando por alguma necessidade), proporciona agitação, causa pânico e golpeia em cheio nossos pontos fracos pessoais.

A fortaleza do medo se encontra na intimidação, qual o agente causador do medo ostenta aquele que o sente. O medo tende a ser controlador, e a coragem para o defrontar é a única arma qual se pode usar contra ele.
É bonito alguém querer superar seus medos. Você pode os superar, mais isso não significa os esquecer, pois ainda estará lá. Mesmo que você consiga vencer um medo, outro ainda vai estar existindo dentro de si; ou outro se revelará em alguma hora.

Abaixo, um vídeo do Café Filosófico, tematizando o medo.



sábado, 18 de dezembro de 2010

Identidade


O que é sua identidade? RG? Passaporte? Carteira de motorista? Se roubassem seu documento, você perderia sua identidade? Você estaria sem um documento, mais mesmo assim você ainda seria você.

O que torna alguém justamente o que ela é? Seu status social, roupas, um monte de documentos com o nome dela? Se dizer que sim, é porque não sabe responder o que a pessoa é em essência, em sentido filosófico.

O que te faz ser você é sua história; seus valores e princípios; suas razões para viver; ideologia e forma de pensar. Você muda fisicamente, sua forma de pensar se desenvolve, sua visão da vida com o tempo vai progredindo, mas o que te faz ter sua identidade imutável é o sentido pelo qual vive, o que for característica marcante sua [sabe quando um conhecido seu diz algo de você que "Nunca muda"? Então, essa é uma característica de fato sua, pois não sofre mudanças]

Uma pessoa que se bronzeou não muda de etnia só por estar com a pele mais bronzeada. Sofrer um acidente e perder um braço ou uma perna não te faz outra pessoa, nem pintar o cabelo. Alguém que fez uma cirurgia pra mudar de sexo, mesmo que passando a ter traços biológicos do sexo oposto, ela continua sendo ela mesma, no fundo, ela continua a pertencer ao sexo que era.

Muitas coisas podem acontecer para mudar ou "mudar" uma pessoa, principalmente a variedade de mudanças que os avanços médicos nos proporcionam (embora sejam opcionais). Entretanto, o que faz uma pessoa ser ela mesma o que ela não pode mudar nela, pois está em sua essência, e isso jamais pode ser mudado.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Entendendo as tribos urbanas


Já deve ter andado na rua e encontrado algum emo, um gótico ou punk e ter perguntado "que porra é essa?". Já deve ter feito isso, não fez? De umas décadas para cá, várias delas surgiram, tendo tribos existentes já faz tempo como os grafiteiros, ou até mesmo mais recentes, como os coloridos.

Essas subculturas, se analisarmos bem, são nada mais do que uma forma de chamar atenção; expressar da forma mais chamativa o desejo de dispertar os olhares dos outros sobre si e de se sentir aceito em algum lugar.
A maioria (ou se não, quase todas) as pessoas integradas numa tribo urbana se encontram nos seguintes três perfis:
1) Ausência de diálogo e interação entre pai e filho (os pais trabalham, o filho fica em casa, o filho fica na necessidade de ter em quem se apoiar; e daí surge a tribo, que a acolhe). Os pais perante isso agem radicalmente, ou aceitam ou se incorformam e deixam o filho de castigo e essas coisas, aí que a pessoa se revolta! A tribo se torna um protesto simbólico. Esse é o caso do filho rebelde que a tribo se torna um sinal de protesto.
2) Outro caso comum também é dos que também não recebem boa formação dos responsáveis, e que precisam assim de acolhimento e se sentir respeitado, assim como é o caso dos pichadores ou dos "zicas". O objetivo desse tipo de gente de tribo é alimentar o próprio ego.
3) O problema da identidade. Esse é o caso das pessoas que se sentem sem identidade, e se associam à alguma tribo para se sentirem com alguma personalidade.

As tribos tem essa finalidade: Reconfortar quem se sente, de alguma forma, desorientado socialmente; ou apenas fazer a pessoa se sentir mais admirável e digna de respeito. [Não é em vão que todas se comportam (e até se vestem) de um jeito "Ei! Estou aqui! Olha pra mim!"]

Abaixo está um vídeo do programa da Band, A Liga. Um episódio que diz sobre essas subculturas da sociedade contemporânea:


terça-feira, 30 de novembro de 2010

Separação Igreja-Estado

[Antes de tudo, agradeço meu professor de produção de texto, que deu um tema referente à este na sua prova bimestral]


Nomes como George Jacob Holyoake, John Wycliffe, John Locke, Thomas Jefferson e Max Weber são suportes do laicismo, a separação de religião e política.

A intervenção de religião no Estado costuma ser vista como um "governo regente de deus", pois os políticos, de certa forma, também são religiosos (ou até sacerdotes). Numa teocracia, os políticos não são só vistos como representantes dos estandartes políticos, mas também, representantes da moral e princípios éticos.

A intervenção da religião no governo de uma nação se categoriza de três tipos, qual darei uma introdução de cada um abaixo:
Estado teocrático: Nele, a igreja (ou qualquer órgão da religião) está ligada com a política. Religião e política se tornam amantes, e os fundamentos do credo da religião de estado se torna influente na política do país. A teocracia favorece apenas os interesses da crença dominante no poder do Estado, podendo gerar até conflitos da política com as outras religiões existentes no país;
Estado laico (ou secular): Totalmente neutro perante a religião, que por sua vez não tem nenhuma influência na política. Um país secular garante assim a liberdade religiosa, e separando qualquer manifestação e incentivo religioso do governo;
Estado ateu: Contrário á qualquer manifesto religioso, visando constituir um estado absolutamente irreligioso. Evita contato radical da religiosidade com a política, e também, busca afastar extremamente as religiões do país no aspecto social, cultural, etc.
Tendo agora uma introdução dos três tipos de influência que a religião pode ter politicamente, podemos prosseguir com o tema da postagem.

Religião e política não devem se misturar, e darei um exemplo histório, o da Inquisição. Nela, judeus, homossexuais, ocultistas, cientistas e contrários aos princípios da época eram considerados criminosos, e pagavam caro por isso.
Não somos obrigados a gostar de nenhum público de outra sexualidade, religiosidade, visão política e qualquer traço ideológico que a torne contrária aos nossos princípios. É direito nosso sermos contrários à algum tipo de pessoa ideologicamente diferente da gente, porém, devemos respeitar e tolerá-la (tolerar principalmente). Não é o que um estado teocrático faria, pois uma religião nutre desgosto para com as práticas contrárias dela, fora as religiões intolerantes à isso! (Imagine um país teocrático tendo sua Inquisição particular?)

É como fogo e gasolina a relação de Igreja-Estado, não devem se misturar!

Método científico


O método científico é um conjunto de processos usados para se chegar à um resultado em uma experimentação científica.

Se baseia na observação, empirismo e saber trabalhar com a lógica. É fundamental para avaliar os avanços e falhas das práticas no meio científico, sendo fundamental entre um progresso ou a descoberta de um erro na ciência.

Vermos bem, o método científico é um uso de procedimentos filosóficos em nível científico. Um filósofo também deduz, pensa em hipóteses, usa o raciocínio, executa a prática e estuda os resultados do que chegou.

A ciência e a filosfia buscam a verdade, o que as diferencia é pouca coisa. A ciência busca as verdades dos mínimos detalhes dos fênomenos e estudar as leis universais, a filosofia visa compreender a "alma" das coisas e busca entender a essência dessas leis propriamente ditas como "universais".

Ocorrem também acidentes, e darei um exemplo duplo e comparativo (um científico, e em seguida, um filosófico): A descoberta da radioatividade por Henri Becquerel, que é o exemplo científico. O exemplo filosófico que darei é mais simples e cotidiano, que é quando aprendemos uma lição de vida através dos nossos erros [embora não propositais, acabamos tendo uma descoberta através do que não estava previsto].

É como diz Carl Sagan, "ciência é muito mais uma maneira de pensar do que um corpo de conhecimentos".

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O Destino


Cada um tem seu destino, qual dele tem objetivos e metas para se cumprirem.

O que intriga tanto este fato na filosofia é o que rege o destino de cada um, das coisas em geral. As coisas acontecem ao acaso, sob própria vontade? Ou existe algo que ordene tudo? Essa é a eterna dualidade do livre arbítrio e a predestinação.

A predestinação é algo do tipo "o que será, será". O que for determinado pelo o que faz o destino (uma força maior, uma entidade suprema, coisas do gênero) acontecerá, e só nos resta aceitar, querendo ou não. Ao ser humano perante a predestinação, só lhe resta contemplar seu destino ou se revoltar inutilmente. Se opor contra o destino nesse caso é ser contrário à uma certa ordem natural.
Grandes apoiadores da predestinação se cituam no pilar religioso da filosofia, pelo fato da predestinação aceitar o fato de que algo maior faz o destino. Alguns desses pensadores são Santo Agostinho, João Calvino e diversos pensadores da antiguidade.
Classifico a predestinação em dois tipos (de acordo de como ela possa ser):

Predestinação parcial: Aquela qual existe na vida de cada um e sobre as coisas. Ela apenas delimita coisas mais importantes (ou seja, destinar coisas "pequenas" como o que você comeu no café da manhã se tornam totalmente ocasionais, ou seja, o que sofre a ação do destino que escolhe o que fazer). Restringe apenas coisas mais fundamentais na vida, como o meio qual nasceu, fatores importantes na vida da pessoa e circunstâncias da morte.
Predestinação absoluta: Nela, o que sofre a ação do destino nada pode fazer além de cumprir o destino que o foi preparado. O homem nada pode fazer na predestinação absoluta, além de calar a boca e fazer; se revoltar é inútil, adianta nada.

O livre-arbítrio propõe uma liberdade metafísica perante o destino, diferente do que é predestinado. O livre-arbítrio é tudo na base do acaso; tudo ocorre numa sequência de fatores que levam para um objetivo.
Frases de pensadores como os fundamentos da Thelema ("Faze o que tu queres será o todo da Lei" e "Amor é a lei, amor sob vontade") de Aleister Crowley, pensadores como Tomás de Aquino, David Hume e Thomas Hobbes são partidários do livre-arbítrio.

Existem três conceitos gregos interessantes sobre o destino e os fatores que levam até suas metas:

Ananque: Predestinação. Decisão e influência definitiva de uma força maior sobre o destino das coisas;
Tykhe: Acaso. Nada acontece num padrão já estabelecido como na predestinação, tudo acontece ao acaso, simplesmente acontece. Possui certa parcialidade com o que não pode ser evitado. É marcado também por conceituar a mudança no destino das coisas através das metas que se apresentam através dele;
Práxis: Prática. Nela, tudo na vida de alguém acontece diante das metas que se mostram em seu destino, escolhido por si mesmo.

Abaixo, a primeira parte de um episódio do Café Filosófico, da TV Cultura, tematizando o destino sobre a ação humana:

domingo, 28 de novembro de 2010

Ramos da filosofia

Isso é um blog sobre filosofia, certo? Nada mais justo do que eu postar sobre as "divisões" da filosofia, que são as especificações dela por tópicos.

Não estarei falando de escolas filosóficas nessa postagem, e sim, de uma divisão mais simples e geral, das disciplinas que regem a arte de pensar:

Epistemologia: Se resume na teoria do conhecimento. Trata a natureza da crença, do conhecimento e suas justificativas;
Ética: Busca entender o certo e errado, o bem e o mal;
Estética: Visa compreender o belo;
Lógica: Analisa o raciocínio, o uso da razão;
Metafísica: Ramo ontológico da filosofia. Trata sobre as questões primordiais da realidade, querendo saber sobre a essência fundamental dos seres e das coisas.

A filosofia tem várias divisões, baseadas em sua forma de pensar, porém, todas elas se encaixam em uma dessas cinco disciplinas.

Duração da felicidade

Essa palavra é o que o ser humano procura sempre ter, e mesmo sabendo que nem sempre ela está disponível, ele ainda insiste em a ter cada vez com mais abundância: A felicidade.

Há várias complicações na felicidade. Uma delas é a das pessoas acharem que elas dependem de outras pessoas e de várias coisas para ser feliz. Isso está errado! "A felicidade do homem depende de si mesmo." (dito por Marco Aurélio, um imperador romano). Nunca dependa de nada e de ninguém para ser feliz; essa iniciativa deve ser tomada por você.

"Toda a felicidade é incerta e instável", afirmava Sêneca. A felicidade tem uma certa "duração", variando do quanto tal coisa nos deixa feliz e como, e uma hora acaba. Qualquer primeiro problema ou complicação que apareça em seguir ou simplesmente o tempo que se passou já faz a sensação do que te trouxe feliz acabar.

É efêmera, e o ser humano a procura deliberadamente. As pessoas valorizam tanto a felicidade que ficam desalentadas na tristeza, não sabendo se comportar; ficando totalmente abaladas.

É bom ser feliz, mas infelizmente a felicidade é algo que nunca será absoluta. Enquanto estivermos em vida, a felicidade absoluta que todos buscam, o "paraíso terreno" é apenas um sonho utópico.

Horácio diz que "Não terás razão em chamar feliz àquele que muito possui". Muitas pessoas atribuem felicidade em obter, consumir, ter mais [principalmente nas culturas influenciadas pelo capitalismo].

Também falta mencionar as pessoas que não ligam pros meios que buscam a felicidade. As coisas que se julgam como erradas ou vazias, tornando a busca pela felicidade delas algo mais vazio do que já é; e isso as torna pessoas mais vazias do que já são. Não intendeu o que disse? Darei um exemplo: Suponha que você, mulher, conheceu numa viagem um cara bastante interessante. Ele é comprometido, e sua companheira não está com ele. Algumas mulheres na mesma cituação ficariam "na delas", outras, o seduziriam apenas para mérito próprio, sem se importar com o fato de ter o feito adulterar.

Ser feliz é algo que todo mundo gosta e estar, e quanto mais, melhor. Não os proíbo de ser feliz e nem estou fazendo pretexto para serem menos felizes, apenas, não criem expectativas demais nas suas felicidades, pois quando acaba, muitos tratam a felicidade como uma droga; um vício que a pessoa busca cada vez mais freneticamente.

sábado, 16 de outubro de 2010

Virtude do trabalho

O trabalho é a forma qual temos para nos sustentar, qual somos pagos e satisfazemos nossas necessidades básicas e fundamentais.
Mas o que é trabalho? O trabalho é um fator econômico que tem concepção variada ao decorrer da história. Dá mobilidade social em questão de produtividade e movimentação da troca de dinheiro.
O trabalho é medido pelas horas de dedicação do trabalhador e sua eficiência, que resultam na qualidade [e quantidade] de seu salário.

Em caráter filosófico, o trabalho é uma coisa importante e que deva ser levada à sério. Um bom trabalhador é aquele que se dedica ao seu trabalho, o exerça com amor e o fassa honestamente e constribua para que seu ambiente de trabalho torne-se agradável para uma melhor produção trabalhista.

Alguém empregado que tenha pelo menos alguns princípios de trabalho acaba resultando numa produtividade maior, produtividade maior é benéfica para a economia, e melhorias econômicas ajuda no desenvolvimento de um estado ou até mesmo uma nação, e isso tem como fim ter de ser benéfico a população.
Sem dizer das vantagens pessoais do trabalho, como a de ter um lar, comida, roupa e coisas que satisfação suas necessidades primárias (e até mesmo coisas que te agradem emocionalmente, que é subsequente).

Abaixo, algumas frases do economista e filósofo escocês Adam Smith, que são fatos do trabalho:
"Apenas pequeníssima parte das necessidades de um homem é suprida pelo produto de seu trabalho."
"A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes."
"O trabalho é moeda corrente."
"Mas, mesmo que o trabalho seja a medida real do valor de troca de todas as mercadorias, não é por ele que seu valor é usualmente avaliado."
"A maioria do lucro aparente é o salário real disfarçado de lucro."
"É o medo de perder seu emprego que restringe suas fraudes e corrige sua negligência."
"O único uso do dinheiro é circular bens consumíveis."
"A falência é, talvez, a maior e mais humilhante calamidade que pode acometer um homem inocente."
"Não é pelo dinheiro em si que os homens o desejam; é pelo que podem comprar com ele."

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sociedade casual

Um conceito que nossa sociedade considera "aceitável" é as relações casuais? Sabe aquelas pessoas que você fica na balada, numa festa ou seja aonde for? Então... O mundo onde vivemos tentar passar isso como se fosse algo vantajoso.

Não, eu não virei com aqueles discurços de gente idosa que fala que tem que namorar e casar sem dar justificativa ou aqueles crentes que falam que pegar mulher é coisa do demônio! Você pode sim pegar alguém, mais se for pra isso, que seja por alguma intenção além de só pegar, se achar pros outros só por ter pego uma "mina" que é muito bonita ou atraente ou apenas tentar fazer sexo com ela.
Analisemos os três motivos que critiquei em cima:
1) Diz claramente um fato da nossa sociedade - Muita gente só pega outra na rave, praia ou onde quer que seja só por número. É o tipo de gente não se importa com o conteúdo ou qualidade, apenas com números. Uma a mais pra gente assim é cada vez melhor! Este caso também pode ser pra auto-gratificação.
2) É no caso de você pegar aquela pessoa do sexo oposto [ou do mesmo sexo, dependendo da sua orientação] que todo mundo do sexo oposto paga pau. Esse caso e para aqueles que ficam se achando só por terem pego alguém que qualquer um ia querer pegar também.
3) Este é bem comum entre homens, já serve de aviso as garotas... Garotas (e mulheres também), se vocês são bastante atraentes fisicamente e um monte de cara fica babando por vocês ou vários tentam chegar em vocês, que fique claro que o que eles querem É SEXO!

Uma pessoa que só pega alguém por estes motivos é fútil. É o mesmo tipo de gente que não tem objetividade na vida. Sim, você pode ser um homem bombado ou uma mulher bastante sensual, mas também tenha alguam coisa na cabeça, valores também.

O quanto de pessoa que você fica não é sinal de masculinidade ou algo que uma mulher deva ser prestigiada. É apenas nada. Não te torna uma pessoa melhor.

Ou seja, se você é um cara que acha que pegar muita mulher é importante na vida ou um cara que é fã de outros caras que são assim ... Você é um merda!

Abaixo, um vídeo dos Vagazóides que satiriza este tema:

Ponderações sobre a aceitação da morte

A morte é uma coisa que não dá para se evitar. É melhor viver aceitando ela do que viver temendo ela ou não gostando dela. Querer evitar a morte é mesmo que querer evitar o amor, é algo que você nunca vai conseguir.

Gera desconforto nas pessoas saber que a morte é uma desapegação total do mundo profano, pois a maioria ja é apegada aos prazeres e a cotidianidade. Muitas filosofias tentam passar para as pessoas uma visão mais confortável da morte, como o exemplo dado no vídeo abaixo sobre o kardecismo. A reencarnação é um conceito que agrada a muitos, pois a morte não é o fim de tudo; há outra vida depois dessa, e depois dessa outra também.

A negação de muitas pessoas perante a morte se deve ao medo do desconhecido, pois as pessoas acham que a morte é tão tediosa como a vida. Afinal, na vida sempre tentamos ocupar nosso tempo, pois com o tempo muito vago nós acabos ficando entediados, e a morte é interpretada por muitos como um tédio eterno.

Muitos tentam acreditar na morte através do que as agrada, que as deixem mais confortadas com o assunto.

Porém, ela é uma realidade inevitável, e também, melhor do que a vida (se a compreendermos bem). Darei justificativas para a morte ter coisas boas:

• A vida é boa, mas temos de lhe dar com sombras de nossa mente, que dificultam a vida. Ter de lhe dar com o certo, o errado e o prazer; virar a cara para evitar de ver uma sociedade com valores corruptíveis. Na morte não tem isso, só isso já a torna simplesmente boa;
• Pense bem, algo tem que dar sentido a vida. Nossas dúvidas do mundo nos mostrada uma hora, e que hora melhor para isso se não após a morte?
• Nossa curiosidade sobre o além ser saciada.

Abaixo, um vídeo do Leon, do canal LReporta:


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Agostinho e Aquino - Os ideais de salvação

Santo Agostinho e Tomás de Aquino foram (e são), em questão soteriológica, os pensadores mais influentes.

Santo Agostinho nasceu no norte da África, estudou em Cartago e Roma e foi um dos doutores da Igreja responsável pela síntese entre filosofia clássica e o cristianismo. Suas obras de destaque são Confissões e Cidade de Deus.
Inspirado em Platão, Agostinho se dedicou a conhecer a essência humana e preocupar-se com o modo de alcançar a salvação humana. Quanto ao homem, Agostinho o definia como um ser corrompido. A salvação jamais seria obtida pelo ser humano, mas somente a graça à intervenção divina, na medida em que Deus incluía o perdão entre os seus infinitos atributos. Pra nós, segundo este mesmo santo, restava apenas a fé silenciosa e a obediência ao clero.
Segundo ele, "a fé precede a razão". A onisciência divina sobre o passado, presente e futuro fazia Agostinho ver que o destino do ser humano já era traçado, seja à salvação ou condenação.
Sua filosofia relativamente pessimista aludia a época qual vivia, uma época conturbada -Guerras, invasões, a decadência do Império Romano, entre outras coisas - Por estes motivos, sua visão de salvação foi aceita.
Seu pensamento sobre a salvação teria, séculos mais tarde, rivalidade com o pensamento tomista.
[Tanto que a arquitetura românica das igrejas desse período aludiam justamente isso, eram pesadas, "presas à terra", de ambientes escuros, propícios para à entrega espiritual].


Séculos mais tarde, com a Renascença, a Europa mudou bastante. Eram tempos melhores que o qual Agostinho viveu, mas a religião ainda tinha importância na mentalidade das pessoas. Sobre a salvação agora então era vista pelo ponto de Tomás de Aquino, o expoente da escolástica, sua ideologia. Sua maior obra é a Suma teológica.
Se inspirou em Aristóteles, desenvolvendo a tese de que o progresso humano não dependia apenas da vontade divina, mas também das obras dos homens. A razão então se tornou um privilégio de qual toda pessoa seria dotada, se preparando para assumir sua vida. Buscou conciliar fé e razão, refutando a idéia agostiniana de predestinação.
Como ser racional, o homem teria plenas condições de encontrar o caminho da salvação, evitando o pecado por meio da livre escolha que o livre-arbítrio proporcionava.
[A arquitetura góticas das igrejas da época refletiam isto: Eram de natureza livre, "elevavam-se ao céu", tinham ambientes claros, adequados para à busca racional].

A questão da salvação pode ser importante dependendo qual prespectiva ideal, pois alude a necessidade do ser humano de se sentir perdoado por seus atos ruins.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Método socrático


Socrátes é o dono pioneiro deste eficaz método de interrogação, que acabou tendo seu nome nele.

Seu metodismo consiste em adoptar sempre pelo diálogo, costuma iniciar uma conversação fazendo perguntas e obtendo dessa forma opiniões do interlocutor, que ele aparentemente aceita. Depois, por meio de um interrogatório hábil, desenvolve as opiniões originais da pessoa arguida, mostrando a tolice e os absurdos das opiniões superficiais e levando e presumido possuidor da sabedoria a se desconcertar em face das consequências contraditórias ou absurdas das suas opiniões originais e a confessar o seu erro ou a sua incapacidade para alcançar uma conclusão satisfatória. Esta primeira parte do método de Sócrates, destinada a levar o indivíduo à convicção do erro, é a ironia. Depois, continuando a sua argumentação e partindo da opinião primitiva do interlocutor desenvolve a verdade completa. Sócrates deu a esta última parte a designação de maiêutica - a arte de fazer nascer as ideias. - É este o método que encontramos amplamente desenvolvido nos diálogos socráticos de Platão.

A maiêutica é, para Sócrates, a busca pela verdade no interior da pessoa. O método socrático pode visto nada mais como o meio que Sócrates viu em se desenvolver maiêutica.

Questione!

Esta matéria falará sobre o ato de questionar e seus benefícios.

Os contarei uma história sobre Buda que meu professor de física disse hoje na sala: Buda (nascido como Sidarta Gautama) era de família nobre, filho de um rei. Um certo dia ele saiu do palácio pela primeira vez, vendo o mundo de fora do palácio. Ele viu pessoas esfomeadas, trabalhando exaustivamente para se sustentar, pobres e necessitadas.

Ele perguntou à um cocheiro por que tudo aquilo estava daquele jeito, e o cocheiro justificou dizendo que há pessoas ricas e pobres, o mundo funcionava daquele jeito. Aquele momento mexeu com Sidarta Gautama, pois seu pai lhe ensinava uma coisa, seus professores diziam outras e o cocheiro falou outra. Sidarta fugiu do seu palácio, começando sua jornada filosófica em busca da verdade.

O que vemos nessa história sobre Buda é que sempre devemos questionar, duvidar, debater, descobrir por nós mesmos. Questione o que você assiste na televisão, o que seus professores passam na sua escola, o que você lê na Wikipédia [isso eu já sei que muitos fazem!], o que os filósofos dizem, o que eu posto aqui no blog ... Seja racional, pensador, porém isso tem que ser por você mesmo.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Industrialização na mente humana

J. R. Tolkien (o famoso escritor de O Senhor dos Anéis) tinha aversão à tecnologia, acreditava que essa dominação e controle que a tecnologia moderna exerce sobre o Homem, mesmo que usadas para o bem, "trazem sofrimento à criação".

Tolkien tratou de uma questão intrigante. Ele viveu numa época que a tecnologia progrediu impulsivamente, a indústria era uma criança. A industrialização passou a trazer vários benefícios para o homem, porém, a ser um malefício que prejudica lentamente (porém, com bastante impacto na mesma!) a natureza.

Conforme a tecnologia cresce, os recursos naturais que são fornecidos como alimento para a tecnologia começam a ter um uso cada vez mais intenso. Porém, a ganância humana começou a não permitir que o homem limitasse a industrialização (ou melhor, evitá-la de vez), dando a opção para os industriais de continuarem seu progresso, pois seriam recompensados com um grandes ganhos financeiros.

A tecnologia faz o ser humano se desapegar cada vez mais da natureza (que nem, quantas pessoas você conhece que gostariam de passar o fim de semana acampando no mato?), e a nossa ligação com a natureza é uma das qualidades que estamos deserdando de nossos antepassados
A indústria alimenta a ganância humana.

Sim, é bom termos um carro, um computador, uma tv... Mais a indústria (e nós) devemos pensar bem mais na natureza antes do nosso conforto, não acham?

Os vários tipos de caráter

Caráter é a palavra que usamos para nos referir pela parte da personalidade de uma pessoa, na forma de agir, seu bom senso, moral e ética [ou falta delas].

Uma pessoa de bom caráter logicamente será alguém cordial, cortês, indomável. Uma pessoa de princípios, valores, justiça e outros atributos que a tornem uma pessoa justa, cidadão exemplar, excelente trabalhador, etc.

O mau caráter é visto como falta de caráter, mais não é exatamente assim. Há diferença entre mau caráter e ausência de caráter.

Uma pessoa de mau caráter não precisa ser justamente uma pessoa que julgamos como má, antiética. Ter mau caráter não é sinônimo de matar e roubar (dependendo das circunstâncias, se tornam um meio necessitário e sobrevivência até mesmo para as pessoas de bom caráter). O mau caráter é descrito por falta de disciplina, valores, princípios, falta de cidadania. Acredite, uma pessoa que assalta alguém na rua para sustentar seus pais e sua família pode ser alguém com mais caráter do que alguém que conheça os valores e princípios, mais escolhe fazer a coisa errada por razões egocêntricas.
O mau caráter não está apenas em fazer algo errado, mas está também em fazê-lo intencionalmente.

A falta de caráter é a "zona neutra" entre ser alguém de bem ou mal. É a indiferença entre fazer algo certo ou errado, pois a pessoa sem caráter não demonstra ser muito inconsequente, fria em seu pensamento e com uma visão seca de justiça.
A falta de caráter muitas vezes é exercida por uma pessoa sem que ela note, quando ma circunstância a deixa se sentir muito desconfortável, e ela tenta se livrar deste peso e não calcula suas decisões.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Filosofia em tudo

"Há em todas as coisas um sentido filosófico." - Machado de Assis

Se vermos bem, muitas coisas possuem sentido filosófico ou um ato filosófico. Como a psicologia, psicanálise e afins, a questão de analisar o comportamento e mente humana é algo filosófico [e bastante!].

A filosofia da história é um exemplo, que observa a existência humana ao longo da história; em; em questões sócio-política e cultural, teorias do progresso, da evolução e teorias da descontinuidade histórica, dentre outros tópicos com base na mentalidade da época.

Existe um campo da filosofia que gosto de entitular de "mãe" da sociologia; a filosofia social. Ela busca ententer a essência da sociedade, seu comportamento e coisas que a envolvem; como tendências, estabilidade, etc.

Uma divisão filosófica com caráter científico é a filosofia natural (uma das minhas prediletas). Ela trata das causas e princípios do mundo material. Diferente das ciências convencionais, a filosofia natural não se importa com causas e detalhes físicos dos fatos, apenas com analisar e compreender a natureza.

O direito também possui uma base filosófica. Esse ramo jurisdiciário é uma forma de buscar conceitos para a justiça, igualdade, propriedade, significado do direito, entre outras coisas afins por meio da razão.

O sentido político da filosofia cuida de questões políticas, estrategicamente sociais, que buscam um meio melhor de conviver em sociedade.

Ou seja, muitas coisas se encontram filosofia, na política, ciência, nas dúvidas que nos cercam ...
Basta saber!

domingo, 3 de outubro de 2010

Amor platônico

O que é amor platônico e quando surgiu o termo?


Em um dos mais belos textos da literatura mundial, O Banquete, Platão expôs aquilo que seria a sua doutrina sobre o amor.
A narrativa que rememora uma festa acontecida na casa de um famoso poeta (Agatão) vai desencadear uma série de elogios ao deus que, se acreditava, não havia ainda recebido os louvores dos homens. Assim, o deus foi tido por diversos caracteres, desde o deus mais antigo e por isso bom educador, passando por uma força cósmica universal geradora dos seres, até uma dupla característica, uma vulgar e outra ascética, bem como também o deus mais jovem, mais belo e por isso irresponsável, criador, etc.
Chegada a vez de Sócrates falar, surge o problema: Sócrates não sabe falar bem (eloquência). Ele não sabe elogiar, mas gostaria, na forma dialogada, falar do deus. E sua primeira questão é: o que é o amor? Ou seja, antes de falar se ele é bom ou mau, belo ou feio, se ajuda ou se atrapalha na educação, deveríamos saber o que ele é. Para desconcerto geral, Sócrates define o amor como sendo a busca da beleza e do bem. E sendo assim, ele mesmo não pode ser belo nem bom. Quem ama, deseja algo que não tem. Quando se tem, não se deseja mais, ou se se deseja, deseja manter no futuro, o que significa que não o tem. E todos só desejam o melhor, ninguém escolhe o mal voluntariamente. Logo, o amor é o desejo do belo e do bom. Essa definição permite uma compreensão universal do objeto (o amor). Mas não devemos também acreditar que por não ser bom, o amor é mau. Não é uma conclusão necessária. Para isso, Sócrates vai contar o que Diotima contou-lhe sobre o amor.

Para combater o mito que acabara de escutar da boca de um comediógrafo (Aristófanes - mito da alma gêmea), Sócrates mostra o que aprendeu com aquela que o iniciou nos mistérios do amor. Diotima disse ao nosso filósofo que durante uma festa, todos os deuses foram convidados, menos a deusa Penúria. Faminta e isolada, ela procurou alimento nos restos da festa. Porém, ao ver o deus Astuto, deus engenhoso, cheio de recursos e que estava embriagado, deitado num jardim, a deusa resolveu ter um filho com ele. Nasce daí o deus Eros (ou amor), que assume as características de seus pais. Como sua mãe, ele é pobre, carente, faminto, desejante. Mas como seu pai, ele é nobre, cheio de recursos para alcançar o que lhe aprouver, saciando suas necessidades.

Em um nível cósmico, a função do deus é ligar os homens a Zeus, sendo um intermediário entre eles. Aos deuses, o amor leva as súplicas dos homens, seus anseios, suas dúvidas e necessidades através das preces e orações. Aos homens, o deus do amor traz as recomendações aos sacrifícios e honra aos deuses. Por isso, não sendo nem bom nem mal, mortal e também imortal, o amor é o que nos leva a escolher sempre o melhor, a fazer o bem. Ele morre, como um desejo que se acaba, mas logo nos inflama novamente, renascendo na alma dos homens. Todavia, o que é o belo e o bem que o amor busca?

Para Platão, no nível mais imediato, o amor refere-se à nossa sensibilidade e apetites, principalmente o sexual. Vemos, a partir de um corpo, a beleza, e o desejo de procriar nele. Isso significa, inconscientemente, que o desejo por um corpo belo é a tentativa da matéria de se eternizar. Os filhos são uma forma dos pais serem eternos. No entanto, o belo não é somente o corpo, tanto que logo que esse desejo se esvai, percebemos que outros corpos também nos atraem. Assim, passamos do singular (indivíduo) para o universal (todos os indivíduos). Mas ainda nisso não consiste a beleza, apenas participa da ideia. Para Platão, subimos degraus na compreensão da beleza, dos corpos até as ações nas ciências, nas artes e na política, que expandem a ideia de beleza. Mas ela mesma é uma ideia, norteadora das ações humanas, que dirige as almas para o bem absoluto que não pode simplesmente ser conquistado pelo homem encarnado.

Portanto, o homem, como duplo corpo-alma, jamais conhecerá a verdade de modo absoluto. Isso cabe somente aos deuses. Mas nem por isso deve deixar de se desenvolver. É moral dever agir procurando o melhor sempre. Ao homem, ser desejante intermediário entre os deuses e os outros seres não conscientes, cabe buscar o conhecimento que o aproxime dos deuses, não se deixando fascinar pelo sensível, mas buscando compreender o inteligível, o reino das ideias, o que propriamente é o saber. Assim, naturalmente, o homem é filósofo (ou deveria ser!) buscando a sabedoria, entendendo por isso a melhor forma de usar a parte que lhe é principal – a alma – para agir, ser dono dos desejos, compreendendo a função de cada um e não se tornar escravos desses.

sábado, 2 de outubro de 2010

Ser filósofo

A própria origem da palavra filosofia nos diz o que ela quer dizer. Derivada da união das palavras gregas philos ("que ama") e sophia ("sabedoria"), significando "que ama a sabedoria". Sim, os filósofos amam a sabedoria, mas não são enciclopédias ambulantes. O conhecimento dos filósofos é voltado para busca as raízes do mundo, a essência fundamental da natureza, da vida, do comportamento, leis; tudo que organize o universo, vamos dizer assim.

Direi duas frases, uma dita pelo poeta italiano Dante Alighieri, e a próxima de autoria minha:
"Agrada-me mais a dúvida do que o saber."
"As pessoas mais inteligentes não são as que respondem, e sim, as que perguntam."

Uma coisa que os filósofos jamais fizeram é aceitar opnião de mão beijada. NÃO! O filósofo vai atrás, busca por si mesmo, passa pela experiência por sua vivência, não pelo o que os outros contam; pensam por vontade própria, não pelo o que alguém os induzissem a achar aquilo.

Uma frase do Barão de Montesquieu vejo que se encaixa com o fato de que os filósofos baseiam sua ideologia em sua própria vivência e observação: "Só se conhece o que se pratica".

Uma função notória do filósofo é a de escarnecer certo público qual observa não ser produtivo para a sociedade, costumando atingir uma grande maioria ou apenas às pessoas no poder. Afinal, é como disse Diógenes de Sínope ... "Para que serve um filósofo, se não para machucar os sentimentos de alguém?"

Gosto de dizer que "O filósofo analisa e se importa com as dores e problemas do mundo". Pois é, os filósofos são pessoas que não se limitam apenas com as questões da sua vida, e sim com os problemas do mundo também, questões da natureza humana, etc. De certo jeito, os pensadores sentem essa dor e a compreendem, analisam, investigam-na, como se estes problemas fossem pessoais ou de um ente querido.

O filósofo busca a verdade como se fosse o propósito maior de sua vida [apesar de ser isso mesmo!], valoriza o conhecimento como a maior riqueza existente e paga o custo que for preciso para tornar-se mais esclarecido.

O que é corretamente certo ou errado?

O que é algo certo? O que é errado?

Toda pessoa é criada de um jeito, em uma sociedade, ideologia e outros atributos presentes na vida dela influenciam no seu modo de viver. A pessoa acaba levando seu “legado cultural” como a forma certa de se ver as coisas.

O que praticamente constrói o que uma pessoa considera como certo, errado, correto, imoral, etc é o justamente o meio em que ela vive e qual a educa. O meio qual foi educada é a base maior para formar o tipo de pessoa que todos são [Como o caso dos serial killers, que são criados em ambientes conturbados: Problemas de se sociabilizar, convivência difícil na vida caseira, conflitos psicológicos, entre demais fatores].

Considero o ser humano, nesse aspecto, um ser vazio. Por mais que uma pessoa possa ter uma alegria contagiante e um sociável senso de humor, nada muda o fato de que o que dita o que ela acolhe como certo ou não para sua vida está dentro dos padrões apresentados à ela.

Darei o exemplo da adolescência no meio social qual vivemos (disso sei bem, afinal, sou adolescente) ... Cada adolescente tem seu jeito de ser, mas muitas coisas que o mundo trás para eles aceitam, levando isso consigo, aceitando o que devem ou não aceitar. Que nem, o mundo tenta passar que chegar "lokão" em casa e viver só de farra como algo prazeroso e agente da felicidade; assim como o mundo tenta passar que o adolescente não pode "pensar", se importar com coisas realmente importantes, ocupar sua mente com questões menos profanas e egoístas.

Por isso valorizo os filósofos, pois eles (ou apenas a maioria, ou talvez somente alguns) pensaram e muito, analisaram e criticaram. Seus princípios são únicos, e mesmo particulares, usam o bom senso e vão contra aos padrões mundanos.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Questão da estética

Estética é o aprofundamento do belo, do sentimento que a beleza (ou a falta dela) disperta nas pessoas.

Engraçado até confirmar que até mesmo pessoas inteligentes não deixam de considerar a beleza algo realmente virtuoso. Mas afinal, o que é beleza? Se você procurar num dicionário, encontrará coisas do tipo "Qualidade de ser formoso; agradável à vista; bonito". Isso é, ao menos, o significado que a gramática nos passa; porém, trataremos desse assunto como seu significado filosófico.

Os filósofos da Grécia Antiga consideravam a questão da "beleza interior", como que pudessemos dizer que a estética da essência das coisas tivesse mais importância. Sim, a beleza não está só no os olhos enxergam, e não, ser bonito externamente não é a única forma de se mostrar agradável.

O filósofo alemão Hegel diz que a "beleze muda com o tempo". Verdade. Pense bem, a garota bonita da sala do teu filho adolescente não vai ter mais a mesma aparência daqui quarenta anos. O tempo muda a aparência das coisas, assim como as folhas de um livro que ficam gastas com o passar dos anos; ou uma casa velha que tem a estrutura corroída conforme fosse se tornando mais velha.

Beleza é algo muito superficial, é aquilo que agrada aos olhos.

Não digo que é supérfluo algo ou alguém ser bonito [pelo contrário, até mesmo os filósofos são mais um entre os admiradores da beleza], só digo que é apenas superficial, é uma qualidade opcional e involuntária que vem do exterior da pessoa.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Tabus entre culturas

Inspiro minha postagem de hoje numa atividade que tive hoje no colégio, na aula de filosofia, que tivemos que ler um texto de Michel de Montaigne. O texto falava costumes que uma cultura tem, e que ela pode ser mal interpretada em outras culturas.

Darei um exemplo tosco. Aqui no ocidente, arrotar durante uma refeição é tido como falta de educação; na China não, comum, é inclusive sinal de satisfação. Agora darei um outro exemplo [que não seja tosco] ... Nós comemos carne de vaca, mas na Índia isso seria até mesmo imoral [aposto que se eu fizesse isso lá, eu ia acabar sendo espancado], mas aqui no ocidente é comum; assim como os chineses comem carne de cachorro, mas isso aqui no ocidente não é bem aceitável.

Sim, existem coisas em outras culturas que consideramos como "estranhas", e vice-versa. Tudo bem, isso é o direito que cada um tem, não importa qual sua cultura. Não importa de que cultura você seja, você sempre terá opiniões de "bizarrices" diante coisas de outras culturas (ou até mesmo da sua talvez).
Questão cultural não é como uma teoria científica, que deve ser discutida; questão cultura é algo que mesmo você vendo algo de aversivo em outra cultura, deve respeitar, pois aposto que alguém de outra cultura também tem aversão em algo de sua cultura. O cultural está ligado aos costumes e a moral, e ajudam a manter a instabilidade da mentalidade de um povo.

Mais pense bem, se vermos bem, o que define nossa personalidade em grande parte é o meio que vivemos. Hábitos, costumes, fé, principios que nos passam (ou não passam), coisas que tentam nos passar como boas e ruins são o que tentam fazer o que somos. Darei um exemplo disso: Você gosta de carne de porco, mais e se você fosse criado como muçulmano? Muçulmanos não comem carne de porco, o porco é um animal impuro para eles. Logo, se você você muçulmano, você não comeria carne suína.

O que forma o caráter do ser humano é sua educação cultural. Muitas coisas que nossa cultura [agora estou à vir fazer um escárnio a cultura ocidental] tenta nos passar como boas são apenas passageiras, não são coisas que vão ter alguma diferença na sua vida. No caso da nossa cultura [ocidental], valorizado deve ser aquele que vai contra essas coisas tidas como "prazerosas" que tentam nos passar, pois vivemos numa cultura que o prazer precede razão.

domingo, 29 de agosto de 2010

Medo da inevitável morte

Por que muitas pessoas têm o medo de morrer? Para que ter medo? Não podemos a evitar.

A morte, uma coisa que um dia vai chegar, inevitável e tão profunda. A morte é fonte de dramas, interrogações, medo, angústia, revolta.

Epicuro disse uma vez que “Não nos preocupemos com a morte. Enquanto estivermos vivos, ela é-nos alheia; e quando estivermos mortos, ela alheia nos é, porque não existiremos mais”. Em vida obviamente desfrutamos das delícias da existência terrena e nos desalentamos de seus cantos obscuros, ao morrermos, deixamos tudo isso.

A vida é boa sim, mas as pessoas se preocupam apenas em aproveitá-la do que realmente viver. Viver é fazer algo prestativo pro mundo, procurar uma forma de entender o que faz dar sentido para sua existência, desfrute apenas do necessário, pois muitas pessoas se iludem com coisas passageiras.

O medo da morte deve se da pelo momento de morrer ser algo angustiante, dependendo até dolorido. As vantagens da morte se encontram depois dela, não durante ela. O medo de morrer deve se da a isso.

"O homem fraco teme a morte, o desgraçado a chama; o valente a procura. Só o sensato a espera". - Benjamin Franklin

Sim, é sábio e bonito não temer a morte e a considerar uma coisa natural, mas isso também não significa que devemos procurar morrer a todo custo, pois já sabemos que uma hora ela chega.

"Os homens temem a morte como as crianças temem ir no escuro; e assim como esse medo natural das crianças é aumentado por contos, assim é o outro". - Francis Bacon

Outra razão pelas pessoas temerem a morte é por não saberem como será depois, o medo do desconhecido. Podemos pensar em várias hipóteses, considerar por várias tradições e crenças, olhar por perspectivas teológicas ou ligadas ao misticismo... Mas nada vai satisfazer a curiosidade pelo desconhecido que nutre o ser humano, que se preenchem apenas quando o conhece.

Creio que a morte seja um momento significativo, que nos dá respostas para aquilo que procurávamos responder durante a vida.

"A vida é uma grande surpresa. Não vejo, por isso, razão para que a morte não seja uma surpresa ainda maior". - Vladimir Nabokov

Por mais que a vida tenha coisas boas e ruins, ela é uma surpresa. Isso prova que a morte é algo surpreendente, esclarecedor.

sábado, 28 de agosto de 2010

Política, religião e futebol


É praticamente conduta social considerar essas três coisas “indiscutíveis”. Porém, não é bem assim, e vou provar o motivo disso, começando pelas duas primeiras coisas (que são mais sérias): Política e religião.

Política deve sim ser discutida, pois isso vai levando a troca de informação, aprimorando os conceitos das pessoas, e isso trás benefícios (como melhores decisões para benefícios nacionais, estaduais, etc. Até mesmo coisas como votar mais conscientemente). A pessoa discutindo sobre política é algo certo, vai cumprir com seu papel de cidadão.

O caso da religião não é nem por fazer papel de cidadão, e sim de ser humano. As religiões limitam o senso de dúvida da pessoa, de questionar, procurar por ela mesma, coisas que nem todas as pessoas fazem, preferindo aceitar de mão beijada as respostas de alguma crença ao invés de pensar por si mesmo. Discutir sobre religião nos ajuda a enxergar melhor a natureza, não só do mundo, mas também do ser humano; faz-nos refletir sobre coisas que não notávamos antes ou muda nossa forma de ver certas coisas.

Política e religião devem sim ser coisas discutidas, porém, por pessoas qualificadas para isso. Afinal, não é qualquer um que tem introdução [ou interesse] em política ou religião.

Sobre futebol nem preciso falar... Sim, você pode torcer pro seu time e tudo mais, mas não ser idólatra (ou melhor, “torcedor roxo”, com o “R” e as outras letras maiúsculas). Futebol tem que ser levado a serio pelos jogadores, o técnico, treinador, o presidente do clube ... Pois eles sim possuem motivos para levar o futebol a serio. E nós, que apenas gostamos, assistimos e/ou torcermos? O futebol para nós não é algo sério como política ou religião, é apenas um lazer.

Sobre futebol há discussões, tipo aqueles programas do Sportv, ESPN e programas esportivos, qual eles levam a conversa para um lado saudável, não para o “lado hooligan”.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Novelas: Não as levem para suas vidas!

Novelas é uma coisa que não consigo entender... É tudo praticamente IGUAL! As temáticas, o que acontece com os personagens, tudo é igual. Sempre com dinheiro no meio, em caso de novela das oito sempre há algum país estrangeiro que ajuda a estória acontecer, uma mulher traída, um corno, vingança, etc. [Melhor parar por aqui]

Novela aqui no Brasil é uma coisa trágica: As da Globo são um show de horrores, a Record não tem criatividade, e o SBT se destaca, pois além de ter péssimas novelas, ficam passando aquelas novelas mexicanas reprisadas.

Voltando as novelas da Globo... Ou melhor, shows de horrores. O que os personagens fazem são muitas das coisas não aconselháveis para uma pessoa descente fazer, os valores são os quais não se devem ser seguidos. Novela não tem preocupação em passar valores e princípios prestativos para a sociedade, só em coisas banais que vão dar audiência. Sem contar a falta de criatividade [Pense bem, toda novela tem homossexual, corno, grávida, cafajeste, gente rica e esnobe, gente com algum tipo de preconceito, etc, pois a lista é grande].

Abaixo está um vídeo bem zuado do Caue Moura, falando sobre novelas:

O que diferencia o ser humano dos animais?

Resposta (pessoal): Algumas coisas, mas essencialmente, porra nenhuma.

As pessoas não se consideram animais, dizem serem mais evoluídas e superiores que aos outros animais, enquanto na verdade somos animais, a própria biologia comprova isso. Si, tudo bem que podemos ser mais providos pelo dom de sermos racionais, mais há muitas ligações que temos com os animais, e que não faz deixarmos de continuarmos sendo animais:

• Ficamos atacados, perturbados, com medo, intimidados (dentre outras coisas) quando nos sentimos ameaçados por algo (seja fisicamente o psicologicamente);
• A busca alucinada pelo sexo. Digo que as mulheres humanas podem ser “mamíferas que sempre estão no cio”, e os homens humanos “mamíferos sempre prontos para atacá-las”;
• Dependendo da pessoa ou ambiente, é normal ela querer dar uma valentão para ficar se mostrando;
• A submissão diante de seres mais fortes (como de “animais mais fracos” diante de predadores, seres humanos e até mesmo de seres humanos diante de autoridades, seus deuses e coisas que os mesmos desconheçam ou temam);
• Necessidade de caçar, retirar ou por algo da natureza;
• Instinto paterno/materno e de sobrevivência;
• Tendências no comportamento (de acordo com a espécie, no caso nós, animais).

Essas foram algumas das coisas que podemos ver entre nós e os animais, mostrando que isso não muda. Ninguém tem o direito de nos considerar superior. Podemos ter racionalidade, melhor conhecimento do mundo e outras coisas, mas só que somos a única espécie que ameaça o planeta: Por causa do avanço industrial (que corrompe o ser humano e destrói a natureza), ganância (que alimenta a industrialização e o pouco caráter humano mediante a natureza), preguiça (que impede que as coisas não mudem) e o ego (que impede que muitos não enxerguem essas três coisas anteriores).

domingo, 22 de agosto de 2010

Analfabetismo político

É deprimente o analfabetismo político dos brasileiros!

O que leva o povo em ter desinteresse político? É a vontade dos candidatos, limitando um melhor acesso aos assuntos políticos. [Minha opinião é de que as próprias escolas deveriam dar uma base de política].De fato política é uma coisa que não é de muito interesse popular, sendo mais um interesse para pessoas inteligentes, de princípios, que tenham alguma coisa de útil na cabeça.

Mas se os políticos querem limitar nosso acesso (ou apenas o interesse) de nós pela política, o que eles ganham com isso? A resposta é simples: Prestígio, votos, manipulação. Fica bem mais fácil ganhar votos quando o político é alguém que não faz muita diferença para o país e passa uma imagem para o povo (ou apenas uma camada social) de alguém que vai o privilegiar de certo jeito.

Já que estamos em tempo de eleições, ai vai uma dica... Procure saber do passado dos seus candidatos. O que eles fizeram? O que não fizeram? Quais as propostas que eles oferecem? O que alguém do cargo dele deve fazer e o que ele disse a respeito? Procure saber em quem votar, pois um voto adequado (ou não) muda o país.

Abaixo, os tipos de cargos que constituem aqueles que administram e organizam a nação:
O presidente nomeia os ministros, que cuidaram de assuntos estratégicos. Cuida da relação da nossa pátria com as outras nações, movimentando a economia e divulgando a imagem do Brasil para o mundo. Além de tudo, ele faz as leis aprovadas no Congresso virarem benefícios para a população.
O senador fiscaliza o presidente, o vice e seus ministros. Ajuda a decidir sobre o orçamento nacional e a utilização do dinheiro público e elabora leis que beneficiem os eleitores de seu estado e tomar decisões importantes em relações aos acordos internacionais.
O papel do governador é o de chefe do poder executivo no estado. Comanda a segurança e nomeia secretários, além de transformar as leis aprovadas na Assembléia em benefícios para a população. Também administra os investimentos regionais para que os municípios cresçam por igual.
Deputado estadual é aquele que fiscaliza o governador, o seu vice e seus secretários. Contribui para elaborar o orçamento estadual e propõe leis de interesse do estado que viram benefícios para a população. O deputado federal tem as mesmas funções do deputado estadual, só que em nível federal.

Abaixo, um vídeo legal do Felipe Neto falando sobre política, e abaixo deste, um vídeo do Marcius Melhem falando dos papeis dos políticos:



Viva a anarquia!

Anarquia muitos pensam ser coisa que um bando de vândalos rebeldes fazem para se voltar contra a sociedade e sua política. Se vermos bem, anarquia é apenas uma "política sem política", na qual não existe governante, os políticos são a própria população, podemos assim dizer.

Um trecho no Novo Testamento, na epístola aos romanos, Paulo escreve:
"porque a Lei produz a ira. E onde não há Lei, não há transgressão." - Romanos 4:15

Sim, é bom ter um órgão ou alguém que cuide dos problemas da sociedade, mas isso acaba alimentando a famosa "hierarquia social". Mais os políticos não são totalmente eficazes, eles possuem falhas, e podem até conhecer os problemas da sociedade, mais é um grande peso nas costas para carregar [deve ser por isso que uns se omitem]. Sem dizer também que o "poder corrompe", se houvesse um país anarquista, como o poder iria corromper? Todos teriam o direito que os políticos possuem, todos saberiam ver os problemas sociais (afinal, quem melhor para anailisar os problemas da população do que o próprio povo?).

A anarquia dá o poder não para que exista uma pessoa tida como superior as outras demais, a anarquia dá poder para igualar as pessoas, pois nela não existe nenhuma força opressora ou de censura, pois o poder político (na anarquia) é daqueles qual a política cuida para dar melhores condições de vida.

Cícero disse uma vez que "Todo governo é inimigo de seu povo". Pode não parecer, mais é verdade, mais é como eu disse antes... os políticos não são totalmente eficazes! Enquanto haver o que chamamos de "política organizada", que é tendo alguma forma de poder que não seja distribuída para o povo, não haverá total justiça na população.

Verdade Absoluta da Fé

Fundamentei esta matéria numa frase de Immanuel Kant, "Só há uma religião verdadeira, mas podem haver muitas espécies de fé".

A sociedade moderna se orgulha por ser tolerante e pluralista, até ao extremo de pressionar pessoas com convicções a se calarem. A idéia popular é que devemos aceitar e apoiar todas as crenças, e excluir os exclusivistas (há certa ironia na em condenar aqueles que condenam práticas ou doutrinas de outros, não há?). Em um mundo onde é mais importante ser politicamente correto do que realmente correto, todas as doutrinas são igualmente válidas, todos os deuses igualmente reais e todas as religiões igualmente eficazes.

Mas há várias controvérsias... Uma está certa. O que acho incoerente é várias dizerem que fomos criados pelos seus deuses (ou deus) para serem adorados, mas se o sentido da nossa existência fosse apenas em adorar o divino, existiria apenas UMA RELIGIÃO no mundo (não é o caso, existem religiões pra cacete no mundo).

O que Kant quis dizer é que a verdade é apenas uma, única, exata, o que muda é a forma que as pessoas a procuram. Não digo para você desrespeitar no que os outros crêem ou descrêem, [pois vejo isso como problema de cada um], apenas digo para procurar questionar um pouco mais, não deixar que a religião (caso você tenha alguma) limite tanto sua visão das coisas (coisa que qualquer religião costuma fazer).

Pense bem, vamos supor que você tenha uma religião (isso é em especial para os não-religiosos, como eu)... Suponha que você creia em um deus, certo? O que te prova que ele é real? Que ciência existe para provar suas crenças? Será que tudo que ela prega é certo? (Sim, o lado ético das religiões é uma coisa saudável que vejo nelas).

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Um sentido para a vida

Vida, oh vida... A vivemos para que? Em favor de que? Por qual razão existimos (tanto nós como qualquer forma de vida)? Essa pergunta assombra-me a cada dia da minha vida e acompanha-me a cada segundo do meu dia. Em quantos muito da minha idade se preocupam com sua posição social e em se esbaldar, eu me pergunto algo que toda a humanidade deveria voltar a se perguntar.

A resposta que os ocidentais dão para o sentido da vida, de que “a vida foi feita pra ser aproveitada, para curtir” é uma resposta que desconsidero totalmente. É uma resposta muito vazia e simplista, além de fútil e pouco racional. Sim, a vida pode ser aproveitada (desde que sempre usufrua do bom senso, claro!) , mas isso não deve ser a sua única prioridade. Se estamos aqui, deve ser por um motivo bem racional.

Darei exemplo de algumas visões do sentido da vida comuns dadas por filósofos e pensadores e alguns exemplos daqueles que a defendiam:
"Aproveite a vida enquanto puder": Thomas Jefferson.
"A vida não tem sentido": Sigmund Freud.
"A vida é um mistério": Napoleão Bonaparte e Stephen Hawking.
"Realizar o bem e prosperidade": Albert Einstein e Jean-Jacques Rousseau .
"Há algum sentido na vida": Charles Chaplin.
"A vida é uma piada": Bob Dylan.

Há uma frase do Bob Marley que li no MSN de um amigo meu e gostei de analisar: "Pra que levar a vida tão a sério, se ela é uma alucinante viajem da qual ja mais sairemos vivos". Pelo o que deu para notar, Bob Marley disse que mesmo a vida sendo algo sério e que deva ter valor, nós não devemos desfrutar dela com seriedade, afinal ... um dia ela acaba mesmo.

Gandhi dizia "Encontro meu consolo e minha felicidade me colocando a serviço de todas as vidas". Vejo essa como uma das razões de estarmos vivos, e também, uma das obrigações que todo ser humano deveria sentir e realizar: O serviço de realizar o bem ao próximo.

Darei dois exemplos sobre a vida que eu aprovo, de dois filósofos admirados por mim:
Um dos meus filósofos favoritos, Johann Wolfgang von Goethe, diz "A vida é a infância da nossa imortalidade". Pois creio que nós, mortais, sejamos portadores de um conhecimento primitivo perante aqueles já se foram. Assim como vamos ficando mais experientes conforme as etapas da vida passam, creio que ao terminar a "infância da imortalidade", nosso conhecimento sobre a verdade torna-se absoluto ou quase absoluto, pois para mim, "viver é conhecer a verdade".
Tem uma frase de Platão que é boa: "Uma vida não questionada não merece ser vivida". Uma vida sem questionar, pensar, conhecer e amar a verdade é vazia, fútil e idiota (infelizmente estas são as palavras que resume a vida de muita gente). Uma vida sem as quatro qualidades que citei agora pouco são, ao menos para mim, existências profanas.

A morte também ajuda a dar sentido para vida, pois tudo muda, e essas mudanças são coisas que as chamamos de "fim". A morte é uma mudança, e provavelmente, algo que ajude a esclarecer a verdade sobre a vida e os mistérios por volta dela.

Recentemente li "O Alquimista" de Paulo Coelho, e a mensagem que o livro passou é: O significado da vida é uma jornada individual para encontrar o "caminho" de cada um. Vendo por esse lado, todo mundo tem uma razão para existir, e uma das únicas verdades da vida é de que devemos realizar nossa jornada a fim de uma grande realização em nossa vida.

Para terminar, há uma frase de Abraham Lincoln que adoro: "E no final das contas não são os anos em sua vida que contam. É a vida nos seus anos". O que vale na vida não é o quanto você a curtiu ou quanto vívido você foi, o que importa é o que você fez (ou não fez) em quanto a vivia.