“Não posso subjulgar os acontecimentos do mundo à minha vontade: sou completamente impotente.” – Ludwig Wittgenstein
Um grande dilema sobre entender a vida e a existência é o sentido das duas, suas razões e também investigar se há mesmo algo profundo nelas.
Tratar de responder o que é o mundo se torna importante para responder a pergunta do qual o significado de viver e existir nele. Desde os antigos, muitos filósofos sempre relacionaram estar vivo como uma busca pela eudaimonia (aquisição da felicidade). Embora justificando de forma diferentes, vemos pela linha da história filósofos que concordavam com isso, sendo dos estóicos ou até existencialistas.
Essa vertente contrapõe a da insignificância do homem perante a grandiosidade do mundo e sua eternidade, a de que ele será apenas “mais um que o tempo apagará que ele existiu e a eternidade o esquecerá”. O escritor H.P. Lovecraft passava em seus livros a mensagem de o nosso entendimento do mundo (ao menos qual nós a construímos) é instável, e procurar o compreender é algo estranho e de enlouquecer. Visava que essa grandiosidade das verdades universais faziam questões como o sofrimento e problemas da humanidade não passarem de coisas insignificantes.
Entender o mundo faz se entender o significado da existência da vida em si, e em especial, o papel da existência humana.
Para Wittgenstein tudo no mundo acontece pelo acaso, nada no mundo e na vida é obra da realização. Realização e idealização são obras do acaso, do acidente existencial desordenado e aleatório.
Se não existe um significado metafísico nas coisas, também não pode haver significado na ética, afinal, a vida não possui sentido. As coisas possuem o valor que tem, se é que possuem algum valor?
A ética possui a priori de dividir o bem e o mal, que para Wittgenstein, são idealização do homem.
Por fim, Wittgenstein conclui que entender o porque da existência em si não nos cabe, por ser algo muito maior que nós, que somos microscópicos perante a magnificência dessa grandiosa resposta.
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