domingo, 13 de fevereiro de 2011

Insignificância do homem no macrocosmo

O ser humano se bota lá em cima. Se valoriza demais, se bontando numa posição maior da qual realmente está.

A maioria das religiões diz que o homem foi criado no plano principal de deus, para dominar e cuidar da Criação e tudo mais. Confortam os homens dizendo que cada um é importante para um ser maior que criou tudo no Universo além do minúsculo ponto azul onde moramos, a Terra.
Muitos filósofos defendem a tese da liberdade do homem perante a natureza, de que ele é absolutamente livre da ordem natural das coisas, e isso de umas décadas para cá começou a ser muito bem difundido na cabeça de várias pessoas (que concerteza não devam aceitar sua minusculosidade no Espaço). [Né não existencialistas?!]

O ser humano cria direitos que tentam provar para si mesmos sua superioridade perante os outros animais, agem como se o mundo fosse deles, mais só que não é essa a verdade. Somos só mais uma espécie no mundo (a única que faz mal de verdade e que faz mal para si mesma), a diferença é que só somos dotados de racionalidade, que é proveniente do primeiro traço que começou a formar o homem como o conhecemos até hoje: a curiosidade. Sim, a curiosidade foi o que enraizou nossa racionalidade.

O ser humano se vangloriza pela sua inteligência, desenvolvimento, sua grande (porém, limitada) tolerância social. A verdade é muitas vezes assustadora e pessimista, e as pessoas não querem se sentir sem importância. [Deve ter sido por isso que por séculos os astrônomos tinham uma perspectiva geocêntrica]

Não estou dizendo para você começar a se sentir um merda sem valor ao ler esta postagem, apenas para ser mais humilde. O Universo é infinito, e continua a se propagar infinitas vezes; você é alguém, mais não se ache tanto além do que pode se achar. Certeza que alguém com alguma inteligência (mesmo que seja primitiva) em algum lugar longe pra cacete no cosmo deve também possa ter descoberto que existe um lugar além de seu planeta; e começa a refletir sobre sua grandeza, a importância de seu povo e ao mesmo tempo insignificância diante de algo tão grandioso

O que fazemos e podemos fazer é para nós, para o meio onde vivemos ou nossa sociedade em si, no máximo para o mundo. Para além da Terra podemos fazer nada (ao menos não nos dias de hoje), o máximo que podemos fazer é admirar o que existe além de onde vivemos.
Temos utilidade aqui, BEEEEM AQUI! A pessoa que um dia tiver utilidade no espaço terá essa tal utilidade. [Como quando por exemplo quando o Sol morrer. Quando ele morrer a Terra vai deixar de existir. Cairemos no esquecimento. Que valor temos pra algo grande se caimos no esquecimento?]

Nós e qualquer vida que exista além daqui temos nosso papel, onde vivemos, mais todos nós somos minusculamente mínimos ao macrocosmo que está além do nosso microcosmo.

Essa foi mais uma matéria para reflexão.

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