A globalização é consequência do estágio do capitalismo que estamos, o financeiro. Não só economicamente, mas a integração globalizada também é sócio-cultural, isto é, questões culturais devem ser influenciadas para que as transnacionais possam lucrar naquele país. [O modo de se vestir, o lazer, a dieta ... tudo tem que ser aculturado para que a globalização tenha o fim de lucrar e lucrar!]
Aproxima o mundo, entretanto, a globalização deforma o caráter social; pois aliena. A alienação já é o passo inicial para problemas sociais e até mesmo políticos. A pobreza junto com a alienação gera violência e criminalidade. O impulso tecnológico provocado pela ambição de melhores produtos gera desemprego (desemprego estrutural), ampliando mais a pobreza.
Isto nos faz ver que os mesmos recursos que nos trazem prazer acabam generalizando problemas que sempre foram da humanidade (miséria, fome, violência, corrupção, etc).
"A avareza é um tirano bem cruel; manda juntar e proíbe o uso daquilo que se junta; visita o desejo e interdiz o gozo." - Plutarco
Tem um provérbio flamengo que descreve a globalização "O mundo é um monte de feno - reúne todos quantos ele pode."
sexta-feira, 29 de abril de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
O pensamento islâmico

Trata de diversos temas, tratando de ciência, razão, direito, educação e até assuntos culturais; porém, os conciliando com os fundamentos do Alcorão.
É uma forma de pensar absolutamente deísta, isto é, não se podendo negar a existência de um deus e muito menos os ensinamentos da religião islã.
Possui remotas origens, não só do Corão, pois também possuiu influências gregas. A dimensão desse fato torna imensa quando se considera que o Ocidente deve aos filósofos árabes quase toda a preservação, já em nível crítico, do platonismo e, sobretudo, do aristotelismo. [O pensamento de Aristóteles e Platão não estava sendo muito recordado pelos ocidentais medievais, tendo os pensadores árabes grande crédito pelas palavras desses dois pensadores chegarem aos nossos dias!]
São excluídas dessa denominação às tendências da filosofia árabe depois da Idade Média, analisadas apenas como floração do Oriente dentro e fora dos limites da Idade Média européia.
Ao longo de sua evolução, a filosofia árabe transmite ao mundo ocidental os fundamentos de quase todo o pensamento filosófico dos tempos do Renascimento. Sem a contribuição dos comentadores árabes, o pensamento renascentista teria se ocupado apenas do monólogo cristão da Idade Média.
Os mais memoráveis filósofos árabes foram Avicena, Averróis e Al-Ghazali.
Weltanschauung: A visão que temos de mundo
Visão de mundo (ou weltanschauung, como também costuma ser chamada filosoficamente. welt é "mundo" em alemão e anschauung é "visão") é a orientação subjetiva qual cada um possui, seja particular ou social. É uma perspectiva cognitiva que abrange valores normativos e existenciais.
Uma visão de mundo é construída por explicações sobre o mundo, sejam metafísicas, científicas, espirituais e até éticas.
Todas são descritivas, fazendo uma análise ontológica do mundo, qual a moral, ética, razão e concepção de mundo acabam sendo drásticamente influenciadas pelas respostas obtidas ou aceitas pela pessoa.
Uma explicação do mundo é construída por:
• Uma resposta para questões futuras, como para onde vamos, o que será do meu futuro, o que no meu presente influenciará no futuro...
• Valores ético-morais, princípios, conceitos que fornecem o que fazer, como agir e o que é certo ou não.
• Uma pitada de epistemologia. O que é verdadeiro ou falso, real ou fantasia.
• Preceitos etiológicos [etiologia é o estudo das causas], isto é, procurar (ou dar) significado para suas causas.
• Possuir um significado para o mundo, a essência das coisas. Esta questão é normalmente religiosa, porém, também metafísica.
Com base nisso, podemos afirmar que uma visão de mundo é um conjunto de respostas qual a pessoa responde questões sociais e da vida.
Uma visão de mundo é construída por explicações sobre o mundo, sejam metafísicas, científicas, espirituais e até éticas.
Todas são descritivas, fazendo uma análise ontológica do mundo, qual a moral, ética, razão e concepção de mundo acabam sendo drásticamente influenciadas pelas respostas obtidas ou aceitas pela pessoa.
Uma explicação do mundo é construída por:
• Uma resposta para questões futuras, como para onde vamos, o que será do meu futuro, o que no meu presente influenciará no futuro...
• Valores ético-morais, princípios, conceitos que fornecem o que fazer, como agir e o que é certo ou não.
• Uma pitada de epistemologia. O que é verdadeiro ou falso, real ou fantasia.
• Preceitos etiológicos [etiologia é o estudo das causas], isto é, procurar (ou dar) significado para suas causas.
• Possuir um significado para o mundo, a essência das coisas. Esta questão é normalmente religiosa, porém, também metafísica.
Com base nisso, podemos afirmar que uma visão de mundo é um conjunto de respostas qual a pessoa responde questões sociais e da vida.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Os animais por essência
Os animais, assim como nós, são seres vivos. Chamá-los de "irracionais" é sinal da prepotência humana, pois os animais também sentem, pensam e possuem instintos. Eles só não são possuidores de uma visão mais ampla e uma primitiva e simples concepção de mundo e coisas.
Nós, seres humanos, também somos animais, entretanto, nos excluimos muito desse meio qual pertencemos (em alguns pontos até podemos nos particularizar, noutros não).
Somos animais complicados, por causa do privilégio da racionalidade. A racionalidade nos beneficia de termos um melhor desenvolvimento para sobreviver, cuidar das coisas e até mesmo de conhecermos onde vivemos. Infelizmente também há o lado negro da racionalidade, pois começa à existir a noção do que fazer, acabando tendo que haver o certo e errado, e isso torna o ser humano um animal complexo.
"O homem é o único animal que precisa trabalhar." - Immanuel Kant
Os animais não são maus, diferente dos seres humanos. Nem todo ser humano é mau, mas também não dotamos do privilégio da inexistência de bem e mal como os animais possuem. Eles não são maus, apenas não precisam de uma necessidade de distinguí-los, pois vivem com base nos seus instintos e suas vidas não lhes cobram uma necessidade de haver ética.
Vivem de acordo com o que a natureza prepara para eles, e mesmo o mundo animal sendo muitas vezes selvagem e perigoso, há uma bela harmonia natural qual o homem perdeu em seus primórdios.
Sustento para eles tem como fim a subsistência, coisa qual nossa forma de vida infelizmente não nos faz mais precisarmos. O homem, conforme o progresso [tecnológico e intelectual, o único que a humanidade sempre teve de fato!], destrói a natureza e se torna mais escravo de sua "prisão" originária desse julgado privilégio de racionalidade que temos. Os animais vivem dentro daquilo que é necessário para eles, virtude que não temos, pois vivemos dentro do que nos passam como necessário e valorizando mais o luxo do que o essencial.
Não somos muito diferentes deles, esta é a verdade. Animal vê prazer na felicidade, também sente medo, dor, apego.
"A vida é tão preciosa para uma criatura muda quanto é para o homem. Assim como ele busca a felicidade e teme a dor, assim como ele quer viver e não morrer, todas as outras criaturas anseiam o mesmo." - Dalai Lama
O filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham disse uma vez que "Não importa se os animais são incapazes ou não de pensar. O que importa é que são capazes de sofrer.". Não possuem a vontade de refletir, analisar e pensar sobre (sendo por isso considerados irracionais), porém, são seres emocionais.
O homem é bom e mal por causa da dualidade entre nossas pulsões e o conhecimento. Os animais são apenas bons, pois vivem dentro do que a natureza preparou para eles [Ou podemos dizer também que não existe para eles a distinção de bem e mal, pois não precisam de uma.]
Arthur Schopenhauer argumenta que os animais têm a mesma essência que os humanos, a despeito da falta da razão.
O ser humano é um animal, e muitas vezes sua soberba o faz se sentir mais do que realmente é. A única coisa que nos destaca dos animais é a razão, que é uma coisa dicotômica, pois é boa e ruim ao mesmo tempo.
Voltaire uma vez escreveu:
"Que ingenuidade, que pobreza de espírito, dizer que os animais são máquinas privadas de conhecimento e sentimento, que procedem sempre da mesma maneira, que nada aprendem, nada aperfeiçoam! Será porque falo que julgas que tenho sentimento, memória, ideias? Pois bem, calo-me. Vês-me entrar em casa aflito, procurar um papel com inquietude, abrir a escrivaninha, onde me lembra tê-lo guardado, encontrá-lo, lê-lo com alegria. Percebes que experimentei os sentimentos de aflição e prazer, que tenho memória e conhecimento.Vê com os mesmos olhos esse cão que perdeu o amo e procura-o por toda parte com ganidos dolorosos, entra em casa agitado, inquieto, desce e sobe e vai de aposento em aposento e enfim encontra no gabinete o ente amado, a quem manifesta sua alegria pela ternura dos ladridos, com saltos e carícias. Bárbaros agarram esse cão, que tão prodigiosamente vence o homem em amizade, pregam-no em cima de uma mesa e dissecam-no vivo para mostrarem-te suas veias mesentéricas. Descobres nele todos os mesmos órgãos de sentimentos de que te gabas. Responde-me maquinista, teria a natureza entrosado nesse animal todos os órgãos do sentimento sem objectivo algum? Terá nervos para ser insensível? Não inquines à natureza tão impertinente contradição."
Nós, seres humanos, também somos animais, entretanto, nos excluimos muito desse meio qual pertencemos (em alguns pontos até podemos nos particularizar, noutros não).
Somos animais complicados, por causa do privilégio da racionalidade. A racionalidade nos beneficia de termos um melhor desenvolvimento para sobreviver, cuidar das coisas e até mesmo de conhecermos onde vivemos. Infelizmente também há o lado negro da racionalidade, pois começa à existir a noção do que fazer, acabando tendo que haver o certo e errado, e isso torna o ser humano um animal complexo.
"O homem é o único animal que precisa trabalhar." - Immanuel Kant
Os animais não são maus, diferente dos seres humanos. Nem todo ser humano é mau, mas também não dotamos do privilégio da inexistência de bem e mal como os animais possuem. Eles não são maus, apenas não precisam de uma necessidade de distinguí-los, pois vivem com base nos seus instintos e suas vidas não lhes cobram uma necessidade de haver ética.
Vivem de acordo com o que a natureza prepara para eles, e mesmo o mundo animal sendo muitas vezes selvagem e perigoso, há uma bela harmonia natural qual o homem perdeu em seus primórdios.
Sustento para eles tem como fim a subsistência, coisa qual nossa forma de vida infelizmente não nos faz mais precisarmos. O homem, conforme o progresso [tecnológico e intelectual, o único que a humanidade sempre teve de fato!], destrói a natureza e se torna mais escravo de sua "prisão" originária desse julgado privilégio de racionalidade que temos. Os animais vivem dentro daquilo que é necessário para eles, virtude que não temos, pois vivemos dentro do que nos passam como necessário e valorizando mais o luxo do que o essencial.
Não somos muito diferentes deles, esta é a verdade. Animal vê prazer na felicidade, também sente medo, dor, apego.
"A vida é tão preciosa para uma criatura muda quanto é para o homem. Assim como ele busca a felicidade e teme a dor, assim como ele quer viver e não morrer, todas as outras criaturas anseiam o mesmo." - Dalai Lama
O filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham disse uma vez que "Não importa se os animais são incapazes ou não de pensar. O que importa é que são capazes de sofrer.". Não possuem a vontade de refletir, analisar e pensar sobre (sendo por isso considerados irracionais), porém, são seres emocionais.
O homem é bom e mal por causa da dualidade entre nossas pulsões e o conhecimento. Os animais são apenas bons, pois vivem dentro do que a natureza preparou para eles [Ou podemos dizer também que não existe para eles a distinção de bem e mal, pois não precisam de uma.]
Arthur Schopenhauer argumenta que os animais têm a mesma essência que os humanos, a despeito da falta da razão.
O ser humano é um animal, e muitas vezes sua soberba o faz se sentir mais do que realmente é. A única coisa que nos destaca dos animais é a razão, que é uma coisa dicotômica, pois é boa e ruim ao mesmo tempo.

"Que ingenuidade, que pobreza de espírito, dizer que os animais são máquinas privadas de conhecimento e sentimento, que procedem sempre da mesma maneira, que nada aprendem, nada aperfeiçoam! Será porque falo que julgas que tenho sentimento, memória, ideias? Pois bem, calo-me. Vês-me entrar em casa aflito, procurar um papel com inquietude, abrir a escrivaninha, onde me lembra tê-lo guardado, encontrá-lo, lê-lo com alegria. Percebes que experimentei os sentimentos de aflição e prazer, que tenho memória e conhecimento.Vê com os mesmos olhos esse cão que perdeu o amo e procura-o por toda parte com ganidos dolorosos, entra em casa agitado, inquieto, desce e sobe e vai de aposento em aposento e enfim encontra no gabinete o ente amado, a quem manifesta sua alegria pela ternura dos ladridos, com saltos e carícias. Bárbaros agarram esse cão, que tão prodigiosamente vence o homem em amizade, pregam-no em cima de uma mesa e dissecam-no vivo para mostrarem-te suas veias mesentéricas. Descobres nele todos os mesmos órgãos de sentimentos de que te gabas. Responde-me maquinista, teria a natureza entrosado nesse animal todos os órgãos do sentimento sem objectivo algum? Terá nervos para ser insensível? Não inquines à natureza tão impertinente contradição."
O pensamento judaico

Essa forma de pensamento foge da matriz grega, que mais tarde passou a ser base de toda a filosofia ocidental.
Essa filosofia é totalmente deísta, ou seja, é automática a aceitação de um deus bondoso, amoroso e justo.
Deus se torna importante nessa tradição filosófica, pois este se relaciona com questões éticas, sociais e até mesmo espirituais que este pensamento prega como verdade. Entendê-lo acaba se tornando algo importante.
Podemos dizer que toda a filosofia judaica está contida, ao menos fundamentalmente, na lei mosaica. O decálogo, leis civis, morais, cerimoniais e outras acerca da tradição hebraica.
A filosofia judaica está repleta de advertências, obrigações e proibições que eram utilizadas pelos hebreus. Não é só religiosa, pois esta também influenciava a moral, lei juridicial e outros pontos.

A história da filosofia hebraica pode ser dividida no tempo do povo hebreu e também depois de sua diáspora no século I.
Antes da diáspora, ela estava contida na própria Tanach (Bíblia Hebraica), além, do Talmude e textos cabalísticos. Livros como o Salmos, Eclesiastes e Provérbios podem ser considerados textos filosóficos deste período do pensamento judaico.
Após a diáspora, o pensamento judaico começa a tomar pequena influência ocidental, sendo que por vez os judeus estavam então "espalhados". Pensadores judeus pós-diáspora notáveis são Filó de Alexandria, Maimônides e Solomon Ibn Gabirol.
terça-feira, 26 de abril de 2011
O termo "filosofia"

A tradição atribui ao filósofo Pitágoras de Samos a criação desta palavra. Segundo tradição, Pitágoras teria cunhado o termo para modestamente ressaltar que a sabedoria plena e perfeita seria atributo apenas dos deuses; os homens, no entanto, poderiam venerá-la e amá-la na qualidade de filósofos.
Não se sabe ao certo, mais a autoria da criação desta palavra é cunhada normalmente a Pitágoras ou Sócrates.
A palavra philosophía não é simplesmente uma invenção moderna a partir de termos gregos, mas, sim, um empréstimo tomado da própria língua grega. Esse termo já teriam sido empregados por alguns pré-socráticos (Heráclito, Pitágoras e Górgias por exemplo) e pelos historiadores Heródoto e Tucídides. Em Sócrates e Platão, é acentuada a oposição entre σοφία (sabedoria) e φιλοσοφία (filosofia), em que o último termo exprime certa modéstia e certo ceticismo em relação ao conhecimento humano.
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