A história clássica de uma pessoa que se admirava, contemplava sua imagem até demais, e isso fez com que ela se arruinasse.
Narciso vivia em Téspias, na região da Beócia. Era filho do deus rio Cefiso e da ninfa Liríope. Antes de nascer, seus pais consultaram o oráculo Tirésias para saberem a respeito do destino do filho. Ele disse que o rapaz teria uma vida longa, com uma condição: Jamais admirar o próprio rosto.
Se tornou um homem belo e atraente, e quando adulto passou a ser desejado por todas as mulheres e pelas ninfas. O infortúnio para elas é que Narciso não tinha interesse em nenhuma delas, pois não julgava nenhuma merecedora de seu amor, e certo dia, por ato de curiosidade, admirou o próprio reflexo pela primeira vez nas águas de um rio. Viu que era dotado de grande beleza, e se apaixonou pela própria imagem.
Nenhuma de suas admiradoras chamavam a atenção dele, todas apaixonadas por ele. Uma das mais apaixonadas, ou se não mais fascinada de todas, era a ninfa Eco, que não aceitou a indiferença de Narciso, ficando seriamente magoada com sua rejeição. Suas admiradoras rezavam aos deuses para serem vingadas e darem uma lição no jovem Narciso.
Nêmesis se apiedou das moças apaixonadas e induziu Narciso a se admirar numa fonte depois de um dia de caça caloroso. Ele foi beber água, e como a água da fonte refletia sua imagem, ele se admirou. Só no meio desse momento que Narciso contemplava a própria face, ele acabou se afogando e morreu.
O mito de Narciso remonta a tradição grega de que idolatrar a própria imagem leva a queda do admirador, ou seja, o declínio da pessoa. A lição de moral seria uma advertência quanto ao exagero no amor próprio, no ego, no orgulho. Uma adoração descomunal a própria imagem, segundo os gregos, fariam a pessoa que assim sente por si ao destino infortúnio e trágico um dia.
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