"Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma." - Antoine Lavoisier
A famosa frase acima de caráter da ciência química possui interpretação filosófica. Como podemos ver, nada se mantem igual para sempre. Tudo parece estar fadado à um devir inacabável.
Tudo muda, mesmo que essa mudança seja uma mudança mínima e insignificante ou até algo mais grandioso. Continuam de alguma forma sendo elas mesmas, embora sobre outra forma, estado ou condição. Devir é o processo que todas as coisas passam, qual nele tudo muda, não importando em que escala ou detalhes.
Os pré-socráticos, filósofos que adotavam o devir como maior princípio de seus respectivos pensamentos, firmavam que nada é o que é para sempre. Heráclito de Éfeso faz a analogia de que ninguém passa por um mesmo rio duas vezes: O rio quanto localização pode até ser o mesmo, mais as águas que correm por ele já não serão as mesmas. Nem mesmo uma verdade poderia existir com isto, pois ela estaria sujeita a se transformar, como sempre aconteceu e sempre acontecerá; e o devir então seria uma verdade, pois o movimento retilíneo das mudanças é algo perpétuo, imortal.
Tudo é devir, e tudo e qualquer coisa é sujeita a transformação. Assim como alguém que muda de residência, uma substância que muda de estado físico ou qualquer transição que o tempo faça é uma prova que nada jamais será alguma coisa para sempre.
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