sexta-feira, 29 de abril de 2011

O lado triste da globalização

A globalização é consequência do estágio do capitalismo que estamos, o financeiro. Não só economicamente, mas a integração globalizada também é sócio-cultural, isto é, questões culturais devem ser influenciadas para que as transnacionais possam lucrar naquele país. [O modo de se vestir, o lazer, a dieta ... tudo tem que ser aculturado para que a globalização tenha o fim de lucrar e lucrar!]

Aproxima o mundo, entretanto, a globalização deforma o caráter social; pois aliena. A alienação já é o passo inicial para problemas sociais e até mesmo políticos. A pobreza junto com a alienação gera violência e criminalidade. O impulso tecnológico provocado pela ambição de melhores produtos gera desemprego (desemprego estrutural), ampliando mais a pobreza.

Isto nos faz ver que os mesmos recursos que nos trazem prazer acabam generalizando problemas que sempre foram da humanidade (miséria, fome, violência, corrupção, etc).

"A avareza é um tirano bem cruel; manda juntar e proíbe o uso daquilo que se junta; visita o desejo e interdiz o gozo." - Plutarco

Tem um provérbio flamengo que descreve a globalização "O mundo é um monte de feno - reúne todos quantos ele pode."

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O pensamento islâmico

O pensamento islâmica, ou muçulmana, é o nome dado a tradição filosófica qual se enquadra o pensamento árabe durante o período medieval. Os preceitos do pensamento muçulmano é o islamismo, religião de origem árabe.

Trata de diversos temas, tratando de ciência, razão, direito, educação e até assuntos culturais; porém, os conciliando com os fundamentos do Alcorão.

É uma forma de pensar absolutamente deísta, isto é, não se podendo negar a existência de um deus e muito menos os ensinamentos da religião islã.

Possui remotas origens, não só do Corão, pois também possuiu influências gregas. A dimensão desse fato torna imensa quando se considera que o Ocidente deve aos filósofos árabes quase toda a preservação, já em nível crítico, do platonismo e, sobretudo, do aristotelismo. [O pensamento de Aristóteles e Platão não estava sendo muito recordado pelos ocidentais medievais, tendo os pensadores árabes grande crédito pelas palavras desses dois pensadores chegarem aos nossos dias!]

São excluídas dessa denominação às tendências da filosofia árabe depois da Idade Média, analisadas apenas como floração do Oriente dentro e fora dos limites da Idade Média européia.

Ao longo de sua evolução, a filosofia árabe transmite ao mundo ocidental os fundamentos de quase todo o pensamento filosófico dos tempos do Renascimento. Sem a contribuição dos comentadores árabes, o pensamento renascentista teria se ocupado apenas do monólogo cristão da Idade Média.

Os mais memoráveis filósofos árabes foram Avicena, Averróis e Al-Ghazali.

Weltanschauung: A visão que temos de mundo

Visão de mundo (ou weltanschauung, como também costuma ser chamada filosoficamente. welt é "mundo" em alemão e anschauung é "visão") é a orientação subjetiva qual cada um possui, seja particular ou social. É uma perspectiva cognitiva que abrange valores normativos e existenciais.

Uma visão de mundo é construída por explicações sobre o mundo, sejam metafísicas, científicas, espirituais e até éticas.
Todas são descritivas, fazendo uma análise ontológica do mundo, qual a moral, ética, razão e concepção de mundo acabam sendo drásticamente influenciadas pelas respostas obtidas ou aceitas pela pessoa.

Uma explicação do mundo é construída por:
• Uma resposta para questões futuras, como para onde vamos, o que será do meu futuro, o que no meu presente influenciará no futuro...
• Valores ético-morais, princípios, conceitos que fornecem o que fazer, como agir e o que é certo ou não.
• Uma pitada de epistemologia. O que é verdadeiro ou falso, real ou fantasia.
• Preceitos etiológicos [etiologia é o estudo das causas], isto é, procurar (ou dar) significado para suas causas.
• Possuir um significado para o mundo, a essência das coisas. Esta questão é normalmente religiosa, porém, também metafísica.

Com base nisso, podemos afirmar que uma visão de mundo é um conjunto de respostas qual a pessoa responde questões sociais e da vida.



quarta-feira, 27 de abril de 2011

Os animais por essência

Os animais, assim como nós, são seres vivos. Chamá-los de "irracionais" é sinal da prepotência humana, pois os animais também sentem, pensam e possuem instintos. Eles só não são possuidores de uma visão mais ampla e uma primitiva e simples concepção de mundo e coisas.

Nós, seres humanos, também somos animais, entretanto, nos excluimos muito desse meio qual pertencemos (em alguns pontos até podemos nos particularizar, noutros não).

Somos animais complicados, por causa do privilégio da racionalidade. A racionalidade nos beneficia de termos um melhor desenvolvimento para sobreviver, cuidar das coisas e até mesmo de conhecermos onde vivemos. Infelizmente também há o lado negro da racionalidade, pois começa à existir a noção do que fazer, acabando tendo que haver o certo e errado, e isso torna o ser humano um animal complexo.

"O homem é o único animal que precisa trabalhar." - Immanuel Kant

Os animais não são maus, diferente dos seres humanos. Nem todo ser humano é mau, mas também não dotamos do privilégio da inexistência de bem e mal como os animais possuem. Eles não são maus, apenas não precisam de uma necessidade de distinguí-los, pois vivem com base nos seus instintos e suas vidas não lhes cobram uma necessidade de haver ética.

Vivem de acordo com o que a natureza prepara para eles, e mesmo o mundo animal sendo muitas vezes selvagem e perigoso, há uma bela harmonia natural qual o homem perdeu em seus primórdios.

Sustento para eles tem como fim a subsistência, coisa qual nossa forma de vida infelizmente não nos faz mais precisarmos. O homem, conforme o progresso [tecnológico e intelectual, o único que a humanidade sempre teve de fato!], destrói a natureza e se torna mais escravo de sua "prisão" originária desse julgado privilégio de racionalidade que temos. Os animais vivem dentro daquilo que é necessário para eles, virtude que não temos, pois vivemos dentro do que nos passam como necessário e valorizando mais o luxo do que o essencial.

Não somos muito diferentes deles, esta é a verdade. Animal vê prazer na felicidade, também sente medo, dor, apego.

"A vida é tão preciosa para uma criatura muda quanto é para o homem. Assim como ele busca a felicidade e teme a dor, assim como ele quer viver e não morrer, todas as outras criaturas anseiam o mesmo." - Dalai Lama

O filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham disse uma vez que "Não importa se os animais são incapazes ou não de pensar. O que importa é que são capazes de sofrer.". Não possuem a vontade de refletir, analisar e pensar sobre (sendo por isso considerados irracionais), porém, são seres emocionais.
O homem é bom e mal por causa da dualidade entre nossas pulsões e o conhecimento. Os animais são apenas bons, pois vivem dentro do que a natureza preparou para eles [Ou podemos dizer também que não existe para eles a distinção de bem e mal, pois não precisam de uma.]

Arthur Schopenhauer argumenta que os animais têm a mesma essência que os humanos, a despeito da falta da razão.

O ser humano é um animal, e muitas vezes sua soberba o faz se sentir mais do que realmente é. A única coisa que nos destaca dos animais é a razão, que é uma coisa dicotômica, pois é boa e ruim ao mesmo tempo.

Voltaire uma vez escreveu:
"Que ingenuidade, que pobreza de espírito, dizer que os animais são máquinas privadas de conhecimento e sentimento, que procedem sempre da mesma maneira, que nada aprendem, nada aperfeiçoam! Será porque falo que julgas que tenho sentimento, memória, ideias? Pois bem, calo-me. Vês-me entrar em casa aflito, procurar um papel com inquietude, abrir a escrivaninha, onde me lembra tê-lo guardado, encontrá-lo, lê-lo com alegria. Percebes que experimentei os sentimentos de aflição e prazer, que tenho memória e conhecimento.Vê com os mesmos olhos esse cão que perdeu o amo e procura-o por toda parte com ganidos dolorosos, entra em casa agitado, inquieto, desce e sobe e vai de aposento em aposento e enfim encontra no gabinete o ente amado, a quem manifesta sua alegria pela ternura dos ladridos, com saltos e carícias. Bárbaros agarram esse cão, que tão prodigiosamente vence o homem em amizade, pregam-no em cima de uma mesa e dissecam-no vivo para mostrarem-te suas veias mesentéricas. Descobres nele todos os mesmos órgãos de sentimentos de que te gabas. Responde-me maquinista, teria a natureza entrosado nesse animal todos os órgãos do sentimento sem objectivo algum? Terá nervos para ser insensível? Não inquines à natureza tão impertinente contradição."

O pensamento judaico

O pensamento judaico possui referência no Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia Hebraica (Tanakh), a Torá. Esta é a conduta em questão religiosa) e o Talmude (livro rabínico que trata sobre lei, costumes, ética e história judaica).

Essa forma de pensamento foge da matriz grega, que mais tarde passou a ser base de toda a filosofia ocidental.

Essa filosofia é totalmente deísta, ou seja, é automática a aceitação de um deus bondoso, amoroso e justo.

Deus se torna importante nessa tradição filosófica, pois este se relaciona com questões éticas, sociais e até mesmo espirituais que este pensamento prega como verdade. Entendê-lo acaba se tornando algo importante.


Podemos dizer que toda a filosofia judaica está contida, ao menos fundamentalmente, na lei mosaica. O decálogo, leis civis, morais, cerimoniais e outras acerca da tradição hebraica.

A filosofia judaica está repleta de advertências, obrigações e proibições que eram utilizadas pelos hebreus. Não é só religiosa, pois esta também influenciava a moral, lei juridicial e outros pontos.

A história da filosofia hebraica pode ser dividida no tempo do povo hebreu e também depois de sua diáspora no século I.

Antes da diáspora, ela estava contida na própria Tanach (Bíblia Hebraica), além, do Talmude e textos cabalísticos. Livros como o Salmos, Eclesiastes e Provérbios podem ser considerados textos filosóficos deste período do pensamento judaico.

Após a diáspora, o pensamento judaico começa a tomar pequena influência ocidental, sendo que por vez os judeus estavam então "espalhados". Pensadores judeus pós-diáspora notáveis são Filó de Alexandria, Maimônides e Solomon Ibn Gabirol.

terça-feira, 26 de abril de 2011

O termo "filosofia"

A origem etimológica da palavra "filosofia" é uma composição de duas palavras: philos (φίλος) e sophia (σοφία). A primeira é uma derivação de philia (φιλία) que significa amizade, amor fraterno e respeito entre os iguais; a segunda significa sabedoria ou simplesmente saber. Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber; e o filósofo, por sua vez, seria aquele que ama e busca a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber.

A tradição atribui ao filósofo Pitágoras de Samos a criação desta palavra. Segundo tradição, Pitágoras teria cunhado o termo para modestamente ressaltar que a sabedoria plena e perfeita seria atributo apenas dos deuses; os homens, no entanto, poderiam venerá-la e amá-la na qualidade de filósofos.

Não se sabe ao certo, mais a autoria da criação desta palavra é cunhada normalmente a Pitágoras ou Sócrates.

A palavra philosophía não é simplesmente uma invenção moderna a partir de termos gregos, mas, sim, um empréstimo tomado da própria língua grega. Esse termo já teriam sido empregados por alguns pré-socráticos (Heráclito, Pitágoras e Górgias por exemplo) e pelos historiadores Heródoto e Tucídides. Em Sócrates e Platão, é acentuada a oposição entre σοφία (sabedoria) e φιλοσοφία (filosofia), em que o último termo exprime certa modéstia e certo ceticismo em relação ao conhecimento humano.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O mundo sensível e o inteligível

O observador Platão dividiu a concepção que temos de mundo, concebendo uma dicotómica divisão de mundo: O mundo sensível e o inteligível.

O mundo inteligível é abstrato, formado pelas nossas idéias. Nada mais é que a idéia que temos das coisas, os ideais. No que dizia o próprio Platão, este era "de fato" o mundo, o inteligível, isto é, aquilo que nossa mente absorve de desenvolve.

O mundo sensível é concreto, material, o que tocamos. Seria o mundo onde as coisas ganham formam, recebendo praticamente uma colisão das diversas ideias do mundo das ideias, tornando este formado por ideais instáveis. Nele o que vimos e sentimos são projeções de nossos sentidos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Dúvida

Duvidar é ser incerto quanto à autenticidade de um julgar ou considerar de alguma coisa.

"A dúvida é o principio da sabedoria." – Aristóteles

Para se descobrir alguma coisa, a curiosidade é fundamental (afinal, a curiosidade é a essência do nosso espírito investigativo). A dúvida complemente a curiosidade, fazendo a pessoa questionar e não aceitar apenas “verdades aparentes e/ou superficiais”.

"Só sabemos com exatidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida." - Goethe

Para que se estabeleça a dúvida em geral é necessária uma noção de realidade do fato em que existe a suspeita, e isto pode adiar a decisão de ações relevantes ao fato pois podem estar incorretas ou incompletas. [Afinal, agente não vai duvidar de alguma coisa relevante a algum assunto que não tenhamos conhecimento!]

"Coisas das quais nunca se duvidou, jamais foram provadas." - Denis Diderot

É fundamental para o conhecimento. Duvidar é sinal de querer saber (aceitar qualquer coisa como verdade, porém bem dita, é o mesmo que não aceitar uma verdade).

"Dê-me o benefício das suas convicções, se as tiver, mas guarde para si as dúvidas. Bastam-me as que tenho." - Goethe

O chamado benefício da dúvida é a capacidade que temos de ter incertezas sobre tal coisa. É o instinto racional crítico do ser humano, dando origem à incerteza e fazendo assim um alguém de senso crítico desenvolvido "buscar" o que cria sua dúvida.

"Se ensinares, ensina ao mesmo tempo a duvidar daquilo que estás a ensinar." - José Ortega y Gasset

terça-feira, 19 de abril de 2011

O absurdo na vida do ser humano

Em termos filosóficos, o absurdo tem o significado de dizer que o esforço para o ser humano encontrar significado na vida é em vão, e o fracasso disso (segundo o absurdismo) se torna um fato.

O absurdismo, ou filosofia do absurdo, tem o pensamento base de que a existência não possui significado. Está relacionada com o existencialismo, embora bastante niilista.

O conceito do absurdo tem origem com o filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard, porém passou a ganhar mais fundamento (e também traços existencialistas) com o francês Albert Camus, principalemente com sua obra O Mito de Sísifo.

Às resposta para questões absurdistas variam, porém elas normalmente são coerentes com o próprio pensamento absurdo, o existencialismo e a filosofia contemporânea (e também com o pensamento de Camus e do Kierkegaard).
O absurdismo alega a falta de sentido na existência pela ausência de propósito maior em nossa vida, o que nesta linha de pensamento faz nossa existência insignificante. O significado máximo que podemos dar para nossas vidas então acaba sendo as metas e o que fazemos de nossas vidas, entretanto, nunca chegamos num consenso do motivo pelo qual existimos.

Alguns tópicos que propõem supostas verdades do pensamento da filosofia do absurdo:
• O suicídio como solução que alguns optam por não saber lhe dar com o absurdo. Para Camus o suicídio não é vantajoso, pois se a vida é absurda, o jeito é ocupá-la e fazer o absurdo em si ir.
• A proposta de suprir o vazio existencial da pessoa, procurando assim um modo de viver e ignorando o absurdo. Essas pessoas criam significado em suas próprias vidas, que não é o significado final mas provê algo para fazer Isso algumas, ou se não muitas, pessoas já fazem quando associam a frase “o sentido da vida é viver” como razão de sua existência.]
• Porém, existem pessoas que aceitam o fato da vida não ter sentido (caso nisso acreditem).

Para concluir, um trecho de O Mito de Sísifo:
"Assim que eu tirar o absurdo três conseqüências que são minha revolta, minha liberdade e minha paixão. Pela mera atividade de consciência eu me transformo em regra de vida o que era um convite à morte, e eu me recuso o suicídio."

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A filosofia das artes marciais


A filosofia das artes marciais é um conjunto de condutas ético-morais que se adota nas diversas artes marciais, sistemas de defesa pessoal e combate. Elas servem para disciplinar o corpo, a mente e o espírito.

O aspecto físico das artes marciais não é só deixar a pessoa com um “corpo bonito”, e sim, dar condicionamento e saúde para ele. O preparo físico também se torna eficiente para que se saiba usar os ensinamentos que é passado ao aluno.

O preparo mental está no bom senso, no desenvolvimento da noção de ética do indivíduo. As técnicas das artes marciais são usadas para se defender, e defesa pode gerar briga; dependendo da arte marcial que se tem conhecimento, a pessoa pode aleijar gravemente ou até matar alguém. Para saber se defender não basta ter conhecimento de como fazer isso, mas também deve se ter sabedoria para saber quando e como deva usar.

O que podemos chamar de preparo espiritual é o estado de harmonia e auto-controle que as artes marciais visam ensinar. O respeito e a dignidade são exemplos de outros valores que tenta se passar pelas artes marciais.

Elas também ensinam a superar as dificuldades, sejam físicas ou psicológicas (como os medos e a resistência a dor).

Dá para se dizer que o o que às artes marciais tentam ensinar não é começar e nem continuar brigas, e sim, terminá-las, ao menos esse é o fim que procura ser interpretado.

Algumas citações de famosos artistas marciais:
"Quem quiser vencer deve aprender a lutar, perserverar e sofrer." - Bruce Lee

"Sempre imaginar-se no campo de batalha sob o ataque mais ferozes; nunca esquecer este elemento crucial da formação." - Morihei Ueshiba

Em qualquer espécie de treinamento o ponto mais importante é libertar-se dos maus hábitos.”- Jigoro Kano

"Segundo as histórias dos antigos guerreiros, se alguém tentar superar grandes guerreiros no campo de batalha, e dia e noite esperar derrotar um poderoso inimigo, seu coração se fortalecerá e ele se tornará incansável e corajoso." - Yamamoto Tsunetomo

"A vida é um caminho onde semeamos flores ou espinhos! Cuide de sua plantação e regue suas sementes, pois no fim colhemos o que se plantamos!" - Hélio Gracie

I Have a Dream

O "Eu Tenho um Sonho" ("I Have a Dream" em inglês) é o nome do discurso memorável de Martin Luther King Jr., clamado nos degraus do Lincoln Memorial no dia 28 de agosto de 1963 em Washington, D.C. como parte da Marcha de Washington por Empregos e Liberdade.

O conteúdo do discurso era a da necessidade de uma coexistência harmoniosa entre brancos e negros, sendo que os Estados Unidos havia uma segregação racial em questão social, qual gerava mais injustiça e miséria.
Podemos considerar este o destaque da vida de Luther King como ativista social pelos direitos civis.

Um ano após o discurso, em 1964, o Civil Rights Act of 1964 (Ato de Direitos Civis de 1964) foi aprovado pelo Congresso americano, dando fim na segregação racial impostas pelas Leis de Jim Crow (conduta de leis raciais que vigorou de 1876 até 1965).

Abaixo, uma gravação desse histórico discurso: [Detalhe, o vídeo está em inglês e sem legendas]

domingo, 17 de abril de 2011

Geopolítica

A geopolítica é estudada em diversas áreas, sendo multidisciplinar. É utilizada nas ciências políticas, geografia, ciências sociais e outras. É estudada a evolução política das nações pelos fatores geográficos.

Os seus percussores teóricos foram Rudolf Kjellén e Friedrich Ratzel. Kjellén batizou o termo "geopolítica", inspirado na obra "Geografia Política" do Ratzel.

Ela estuda a relação das nações entre si e suas particularidades, além de suas relações com a sociedade.
As relações como territoriais, econômicas, bélicas, ambientais, agrárias e globais referentes parar qualquer Estado é interpretado e aprofundadamente avaliado geopoliticamente.

Na geopolítica clássica estudava as relações de poder, território e marciais. Mas nas últimas décadas se desenvolveu a geopolítica moderna, que estuda questões diversas dos países.

Geralmente considera-se que os novos temas da geopolítica mantém como cerne interpretativo o prisma nas relações entre poder-política-estratégia e geografia-ambiente-território. Outras abordagens costumam ser tratadas apenas como temas relacionados à geopolítica, e não necessariamente como parte integrante do conhecimento geopolítico. Assim, a geopolítica mantém-se voltada ao estudo da estratégia, da manipulação, da ação política, geralmente assumindo a busca, enquanto ciência, do bem maior da humanidade, dos direitos humanos à vida e à saúde, ao bem estar, à preservação do meio-ambiente geográfico, pensado enquanto fundamental para a manutenção da espécie humana na Terra. Desta forma, a geopolítica também estuda as intrínsecas relações que têm os processos ecológicos e a ação política do "animal político" que dominou de forma mais intensiva a face da Terra: o próprio homem.

Resumidamente explicando, geopolítica é a ciência que estuda questões estratégicas governamentais.

Paradoxo de Epicuro

Epicuro de Samos ao pensar na questão da existência de deus e do mal no mundo ele acabou elaborando uma tese, o chamado Paradoxo de Epicuro.

O paradoxo, por sua vez, analisa a incoerência de deus ser benevolente, onipotente, onipresente e onisciente e mesmo assim o mal ainda existir.

A linha de pensamento proposta pelo paradoxo é: [Para deus e o mal continuarem existindo ao mesmo tempo é necessário que deus não tenha uma das três características]:

• Se for onipotente e onisciente, então tem conhecimento de todo o mal e poder para acabar com ele, ainda assim não o faz. Então Deus não é bom.
• Se for onipotente e benevolente, então tem poder para extinguir o mal e quer fazê-lo, pois é bom. Mas não o faz, pois não sabe o quanto mal existe, e onde o mal está. Então Ele não é onisciente.
• Se for onisciente e bom, então sabe de todo o mal que existe e quer mudá-lo. Mas isso elimina a possibilidade de ser onipotente, pois se o fosse erradicava o mal.

E se ele não pode erradicar o mal, então por que chamá-lo de Deus? [Em particular eu descordo. Deus não tem a necessidade e obrigação de ser bom.]

Com base do que Epicuro determinou, segue-se as seguintes duas especulações:
1) Deus criou o mal, mas este jamais o consumou, e criou o homem para não conhecer o mal. Porém o homem conheceu o mal, e deus repulsa o mal. Se o mal então existe mesmo com um deus bondoso, então este não é totalmente absoluto em questão de poder.
2) Se deus pode então ser digno da alcunha de Todo-Poderoso e o mal ainda existir, então a existência do mesmo não faz diferença para ele. Ou ele não é tão bom assim ou é indiferente quanto ao mal existir.

A hipótese do amor divino também pode entrar nesse contesto. Se o mal é uma consequência do amor de deus para conosco, então de alguma forma ele permite que o mal exista.

sábado, 16 de abril de 2011

A diferenciação de filosofia e ciência

Na Antiguidade o chamado "amor a sabedoria", a filosofia, tinha como finalidade explicar o mundo, porém, em sentindo amplo e geral.

Para entender o que estamos passando, tenha conhecimento que ciência e filosofia são ambas formas de buscar a verdade das coisas, as conhecerem. Filosofia se preocupa com a essência, em conhecer o fundamento principal da vida, do mundo, etc. A ciência busca explicar os fatores, seus detalhes e preceitos que possam ser provados na experimentação.

A filosofia antiga não possuía uma distinção de filosofia e ciência, ou seja, o amor pelo saber e a curiosidade de explicar o mundo que estamos eram uma só coisa.
Isso pode ser notado apenas pelo fato de muitos filósofos (por exemplo, gregos) não terem sido só filósofos (muitos também foram matemáticos, astrônomos, etc; sendo que alguns tiveram contribuição para várias áreas do conhecimento natural).

A obra Física, de Aristóteles, é um exemplo dessa ausência de restrição entre ciência e pensamento livre que havia nessas épocas.

A Renascença que começou a separá-las. A ciência começou então a ganhar particularidade. Esta é teórica, experimental e metódica.
Na filosofia quase tudo não é absoluto, sempre há dúvidas. Na ciência tem que haver exatidão.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Introdução às cinco maiores religiões do mundo



Abaixo será apresentada uma introdução sobre as cinco maiores religiões do mundo, às mais difundidas por todo o globo:

Hinduísmo: Religião originada na atual Índia. Não há um fundador propriamente assim chamado desta religião, entretanto, podemos considerar como grande figura hindu o Krishna.
A idéia centra hindu consiste num ciclo de reencarnações (a Roda de Samsara), sendo que cada próxima vida é regida por uma lei cármica e o ciclo só pode ser encerrado por meio da Iluminação (Moksha).

Judaísmo: Originária entre o povo hebreu, nas terras que atualmente formam Israel. Abraão é uma grande e importante figura judáica, entretanto, Moisés é o personagem mais importante da identidade judáica.
Assim como várias outras religiões, o judaísmo também possui a exigência da prática de seus preceitos no dia-a-dia. Cre no conhecimento de Deus e sua palavra como o caminho para a verdade e tranquilidade na eternidade.

Budismo: Surgiu no atual Nepal. Seu idealizador foi Sidarta Gautama, o popular Buda.
Ela valoriza muito a pobreza (por esta ser uma condição extrema de humildade) e a morte (fim de uma série de sofrimentos, mesmo que por tempo limitado). O budismo trata muito do sofrimento humano, seus motivos e soluções. Cre num ciclo de encarnações, que termina pela Iluminação (Nirvana).

Cristianismo: Começou como uma ceia judáica, porém, se propagou muito no mundo antigo após a morte de seu fundador, o próprio Jesus Cristo. É uma religião que teve origem no mesmo povo que deu origem ao judaísmo, porém, o cristianismo acabou desenvolvendo sua forma até ser o que é hoje na Europa [inicialmente por parte dos romanos].
Tem como palavras-chave de sua filosofia o perdão, fé, amor e boas obras para que possa chegar à salvação eterna.

Islamismo: Essa religião nasceu dentre os árabes. Seu mentor e figura religiosa principal é Maomé, o fundador do islã.
Os preceitos muçulmanos se inspiram muito nos judáico-cristãos. Essa religião parece cobrar grande fervor religioso como prova de devoção e louvor por parte do crente, como sinal de que este está no reto caminho de Deus (Ála).

Estas cinco são as cinco mais difundidas religiões do mundo, e foi dada uma introdução básica (o mais básico possível) de sua filosofia. As personagens nelas citados podem ser considerados por sua vez como seus pensadores influentes.

Abaixo, um vídeo falando da história delas pelo mundo: [No sentido de expansão religiosa]

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Revolução Copernicana

A obra de Crítica da Razão Pura de Immanuel Kant, publicada em 1781, tratou desta questão: Como posso obter um conhecimento seguro e verdadeiro sobre as coisas do mundo? A resposta dada por Kant mudaria a rota da filosofia ocidental.

Tradicionalmente, o empirismo e o racionalismo respondiam de formas diferentes a questão do conhecimento. Os empiristas (Aristóteles, Hobbes, Locke, Berkeley e Hume) diziam que somente os dados da experiência sensível forneceriam as bases para o conhecimento humano, já os racionalistas (Platão, Descartes, Leibniz e Espinoza) forneciam que o conhecimento provêm da razão.

Em ambos existem obstáculos surgidos, a razão especulativa. Na medida que deixa de validar as investigações em prática, se torna dogmática. Entretanto, o empirismo encontra oposição no ceticismo, que argumenta que a natureza é contingente, e por isso não pode ser fonte de conhecimento universal.


Kant remeteu a razão ao centro do universo cognescente humano [já Descartes, censurou o conhecimento humano à um eu que tem base cogita]. Por causa disso, Kant é considerado o revolucionador da filosofia.


Quando Kant nos fala do sujeito transcendental, quer especificar que o sujeito possui as condições de possibilidade de conhecer qualquer coisa. No sujeito é que estão as regras pela quais os objetos podem ser reconhecidos. A busca dessas regras nas coisas exteriores é infrutífera e faz que voltemos a repetir o erro de Hume [que, para ele, nada é trascendental e de caráter lógico como acreditava Kant, e sim, psicológico]. Só encontramos sentido no mundo porque somos nós que lhe damos sentido através dos dados apreendidos nas intuições empíricas, passados pelas intuições puras de espaço e tempo, formando o fenômeno. Esse fenômeno, que ainda não é o conhecimento, também passa pelas categorias, que são estruturas a priori do sujeito. O mundo não tem sentido a não ser que o homem dê algum sentido a ele. O que conhecemos é profundamente marcado pela maneira pela qual conhecemos.


Kant também vai se voltar para o sujeito em sua réplica ao ceticismo humano, mas revestido de um caráter lógico e transcendental (e não psicológico, como em Hume). Antes de analisar a resposta de Kant, vamos ver como ele a formula a questão nos conceitos de a priori, a posteriori, analítico e sintético. Sendo estes princípios:

A priori: Um conhecimento que seja totalmente independente dos sentidos (como equações matemáticas, que podemos fazer mentalmente sem provas materiais);

A posteriori: Um conhecimento que possui sua fonte na experiência (como princípios científicos, que necessitam da prática para serem confirmados);

Juízo analítico: Quando emito um juízo em que o predicado está contido no sujeito (Exemplo: quando digo "A é uma letra", o predicado "letra" já é uma qualidade do sujeito "A" e a informação, por isso, é redundante);

Juízo sintético: Quando se faz um juízo em que um predicado é acrescentado ao sujeito (Exemplo: Na frase "A cadeira de minha sala é azul", acrescento ao sujeito "cadeira de minha sala" o predicado "azul" (afinal, ela poderia ser verde, vermelha, etc.). É uma informação nova, pois você poderia imaginar que a cadeira fosse de qualquer outra cor).


Kant chamou de "revolução copernicana" sua resposta ao problema do conhecimento. O astrônomo Nicolau Copérnico (1473-1543) formulou a teoria heliocêntrica - a teoria de que os planetas giravam em torno do Sol - para substituir o modelo antigo, de Aristóteles e Ptolomeu, em que a Terra ocupava o centro do universo, o que era mais coerente com os dogmas da Igreja Católica.

Kant propôs inversão semelhante em filosofia. Até então, as teorias consistiam em adequar a razão humana aos objetos, que eram, por assim dizer, o "centro de gravidade" do conhecimento. Kant propôs o contrário: os objetos, a partir daí, teriam que se regular pelo sujeito, que seria o depositário das formas do conhecimento. As leis não estariam nas coisas do mundo, mas no próprio homem; seriam faculdades espontâneas de sua natureza transcendental. Como Kant afirma no prefácio da segunda edição da Crítica da Razão Pura:


"Até agora se supôs que todo nosso conhecimento tinha que se regular pelos objetos; porém todas as tentativas de mediante conceitos estabelecer algo a priori sobre os mesmos, através do que ampliaria o nosso conhecimento, fracassaram sob esta pressuposição. Por isso tente-se ver uma vez se não progredimos melhor nas tarefas da Metafísica admitindo que os objetos têm que se regular pelo nosso conhecimento, o que concorda melhor com a requerida possibilidade de um conhecimento a priori dos objetos que deve estabelecer algo sobre os mesmos antes de nos serem dados."


O que Kant quer dizer é que o sujeito possui as condições de possibilidade de conhecer qualquer coisa. Ele possui as regras pela quais os objetos podem ser reconhecidos. Não adianta buscar essas regras no mundo exterior, pois se cairia no problema de Hume. O mundo não tem sentido a não ser que o homem dê algum sentido a ele. O que conhecemos, então, é profundamente marcado pela maneira - humana - pela qual conhecemos.


terça-feira, 12 de abril de 2011

A auto-realização da resiliência

Resiliência é a capacidade psicológica (podemos assim considerar) que poucos conseguem ter, a de suportar por si mesmos às próprias pulsões (instintos). Ou seja, o resiliente possui a virtude de ter certa dominação sobre seu consciente, conseguindo ter um acesso melhor ao seu id (às pulsões) e superego (valores sociais e morais) mais desenvolvido que as pessoas normais.

A pessoa dotada dessa qualidade tem melhor controle sobre suas emoções, conseguindo ser mais cautelosa em momentos de estresse, agonia, tristeza, etc. Uma qualidade bastante significativa nas pessoas resilientes é a análise; pois elas captam o comportamento dos outros, o lêem e assim conseguem tirar algo de produtivo para se orientarem melhor.
Isso é excelente, levando à ser produtivo também para o controle emocional, qual o intivíduo consegue ter um controle mais avançado de suas emoções e concupiscência. Dessa forma, a pessoa poderá viver uma emoção de forma exacerbada ou inibida. O Controle de impulso garante a auto-regulação dessas emoções, ou a possibilidade de dar a devida força à vivência de emoções.

Outras qualidades boas nos resilientes é de serem otimistas, notando serem capazes de melhorarem. São também empáticos, isto é, a capacidade que o ser humano tem de compreender os estados psicológicos dos outros.

Por fim, a qualidade mais notável na resiliência: A ausência de necessidade de interdependência psicológica dos outros. Os resilientes não se sentem na necessidade de fazer algo para acabar se provando para os outros. Melhoram para si mesmos, não para os outros.

domingo, 10 de abril de 2011

Sacrifício alheio (História do viajante moribundo)

Se sacrificar com por alguém, por algo ou um bem maior é glorioso. Quando digo se sacrificar não é diretamente no sentido de dar sua vida por essa causa (mas tembém pode ser, se for numa cituação extrema).
Se esforçar pelo bem de uma pessoa digna e necessitada ou por uma causa qual seja merecedora de ser defendida são apetrechos de uma pessoa honrosa.


Como por exemplo disso, está abaixo uma história que Buda contou para seus discípulos:

Um viajante estava cansado e faminto. Não tinha forças para caçar e fazer uma fogueira. Para o alimentar três animais apareceram: Um urso, uma raposa e uma lebre/coelho.

O urso, sendo forte, pegou um peixe e o ofereceu ao viajante. A raposa, sendo ágil, recolheu algumas uvas e as ofereceu para o mesmo. A lebre/coelho, não tendo uma habilidade como a do urso ou da raposa, se atirou no fogo para que o viajante se alimentasse de sua carne.

Uma pessoa gloriosa por valores tem essa virtude, a de ir até o fim por uma causa e se dispor para um bem maior, não importando o preço que tenha que pagar. Tenha como inspiração disso mártires e pessoas que morreram por um bem maior.

Dicas para entender textos e obras filosóficas


Muitos estudantes e curiosos em obras de filósofos costumam reclamar desse tipo de leitura, a julgando como complicada e trabalhosa. Antes de tudo, é preciso saber a importância dos livros filosóficos. A importância deles é de que eles são o suporte material da filosofia, tornando a passagem do conhecimento e idéias possível para os que a refletem.

A finalidade desse tipo de leitura é o entendimento. O recurso mais dispomos para fazer isso é a análise. Analisar uma obra filosófica é necessária descontruí-la no nível linguístico, procurando a reduzir a uma sucessão ordenada de simples frases, em ordem de: Sujeito, verbo e predicado.

Um texto filosófico não é exatamente a priori, mas uma dissetação e tese argumentativa não expositiva, defendendo suas propostas por meio de argumentos. Abaixo, estão dicas para facilitar a sua leitura de um texto filosófico.

Quando se analisa um escrito filosófico, é necessário ao leitor deixar suas crenças de lado. Suas crenças podem transformar em um empecilho o entendimento dos ideais alheios. Deve-se separar às idéias do autor com o que o leitor acredita, pois a crença do leitor pode "alterar" o entendimento daquilo que o filósofo quis passar. [Quando disse em crença não foi no sentido religioso, e sim no geral, o do achar individual do leitor.]

O que atrapalha muitas vezes são as referências de outros filósofos, que caso a pessoa desconheça as mesmas, a compreensão se torna mais difícil ainda.

O contesto histórico muitas vezes também dificulta o entendimento do leitor, por desconhecimento relevante o período qual o autor viveu.

Dependendo do autor, deve levar em consideração também a ironia, parando para analisar mais ainda; tendo que considerar o que ele realmente pode querer ou não dizer.

É bom também procurar o significado das palavras que desconheça e encaixá-las no que determinada parte do texto queira dizer.

Uma boa exegese também é aconselhável, isto é, saber interpretar texto.

E por último uma coisa chamada de hermenêutica, que é a interpretação da palavra do autor. Dependendo do filósofo esta se torna mais difícil, pois devemos trabalhar com vários recursos para chegar a entender o que o autor quer passar.

Ideologia

Um conjunto de idéias e conceitos de um indivíduo, grupo ou até mesmo sociais é uma ideologia. Simplesmente falando, a ideologia é uma forma de pensar. A extensão das ideologias são vastas; sendo políticas, religiosas, filosóficas, intelectuais, etc.

Ela se forma com base nos elementos citados acima, ideais e preceitos, que estes acabam moldando uma forma de pensar. Uma ideologia também pode ser seguida, uma "já pronta", como é o caso de várias.

Uma ideologia interfere no seu idealizador em sua visão de mundo, senso ético, restrição do que considerar aceitável ou não ... Em fim, influencia seu modo de pensar.
Mas isso não significa que uma ideologia tenha que ser necessariamente uma "pronta", pois ideologia nada mais é do que o modo de pensar. Isso significa que cada um tem sua ideologia pessoal, tendo alguma outra interferindo ou não.

"Ideologia!
Eu quero uma pra viver...
♫"

"Ideologia!
Pra viver...
♪"

Abaixo, o clipe da música "Ideologia", do Cazuza:

sábado, 9 de abril de 2011

O pensamento do pragmatismo



O pragmatismo dá ênfase ao pensamento filosófico na aplicação das idéias e de suas consequências práticas de conceitos e conhecimentos; assim sendo por dizer uma filosofia utilitária.

Teve origem no século XIX em Cambridge, Massachusetts, nos Estados Unidos. Seus primeiros idealizadores e representantes foram Charles Peirce, William James, John Dewey e Ferdinand Schiller. Houveram também outros pensadores seguidamente, tendo como destaque Richard Rorty.

Essa escola de pensamento teve como objetivo primário terminar discussões metafísicas e até por vezes éticas e racionais. Para entender melhor, abaixo está algumas questões que são de caráter pragmatista:

Mas o que isso quer dizer?
O mundo é um ou muitos?
Livre ou destinado?
Material ou espiritual?
Por que as crianças aprendem menos com sermões do que imitando as ações dos pais?
E por que é tão importante revermos nossas crenças a respeito do que acreditamos ser verdade?


Assim, o pragmatismo conforme predito originalmente por Peirce, tem o propósito de fornecer uma diretriz ao pensamento, evitando que a razão em seus altos vôos rumo ao abstrato, se desvencilhe de seu objeto: a realidade, a vida. O método pragmatista, desta forma, se contrapõe às metafísicas de caráter dogmático e propõe que o raciocínio seja guiado por métodos semelhantes aos da ciência, que incluem a observação dos fenômenos, a formulação de hipóteses, os testes práticos e a revisão de teorias. É por isso que o pragmatismo estranha qualquer idéia de verdade e certeza inatas ou absolutas.

Sobre alienação

O significado dessa palavra se encontra no desarranjo das faculdades mentais, ou apenas uma lavagem cerebral.
É o escravizar da mente humana, qual a pessoa fica à mercê da influência social sem se importar, vendo isso até mesmo como virtuoso.

Vários fatores que se agregam numa cultura influenciam a mentalidade da mesma, e a sua economia e meio de produção não é exceção. Hegel e Marx foram filósofos aptos concordantes disto, e explicaram como isso ocorre. Para ambos, a alienação estava ligada ao trabalho.

Karl Marx afirma que o estado de alienação humana é uma característica fundamental do capitalismo levando em conta tais afirmações. O que adultera na construção dos seus valores, personalidade e visão de mundo do alienado.
Possuía visão negativa da alienação; sendo que o trabalho escraviza ao invés de realizar o cidadão, o desumanizando, e não mantendo sua humanidade. A pessoa acaba trocando o princípio do ser pelo o do ter.

Entretanto, existe o lado social e ideológico da alienação. Esse lado consiste em focar a mente da pessoa no que um grupo importante da sociedade impõe como importante e que consequentemente o beneficie com isso.

Nesse sentido, a alienação pode se encontrar tendo dois tipos de personagens: O alienador e o alienado. O alienador usufrui de seu status para fazer da maioria social uma massa de manobra, buscando algum meio de manipular sua personalidade e assim se beneficiar, suprindo sua ganância e soberba.
O alienado é aquele indivíduo que acaba recebendo às consequências da vontade do alienador.
Para entender isso melhor, darei exemplos históricos: Na Idade Média, o alienador era a Igreja Católica e o alienado os plebeus e até mesmo os nobres. A necessidade da salvação espiritual era o meio que a Igreja tinha de manter a população alienada.
Atualmente, quem faz esse papel são as empresas e órgãos que passam sua mensagem pelos meios de comunicação. Eles alienam nossos contemporâneos, dizendo o que devem vestir, como devem falar, o tipo de música ouvir, etc.

"A principal causa da alienação que perturba nossa sociedade é o egotismo." - Daisaku Ikeda

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Filosofia da linguagem

Essa especialização da filosofia é até assim por dizer bem interessante, pois analisa a relação das palavras, sendo que tudo tem uma palavra, e as mesmas possuem significado.

Os filósofos da linguagem não se ocupam muito do que significam palavras ou frases individuais. Qualquer dicionário ou enciclopédia podem resolver o problema do significado das palavras. O mais interessante é "O que significa para uma palavra ou frase significar alguma coisa?", "Por que as expressões têm os significados que têm?", "Como uma expressão pode ter o mesmo significado de outra?" e, principalmente: Qual o significado de "significado"?

Filosofia da linguagem é o entender e refletir sobre o sentido de como usamos e para que são usadas as palavras. Antes de tudo, devemos pensar em como elas se originaram: Com o desenvolvimento do homem primitivo, começou a haver a necessidade dele saber se comunicar, e daí, a necessidade de identificar as coisas, daí surgindo às palavras.
Trata também do estudo da sintaxe, da semântica, da pragmática e da referência.

Uma obra filosófica de linguagem que é aconselhável é Crátilo, um diálogo da autoria de Platão.
Pensadores como Ferdinand de Saussure, Wittgenstein, Frege, Noam Chomsky são exemplos de grandes nomes do entender o que é a linguagem.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Weltschmerz

Essa palavra é alemã, e pode ser traduzida como "dor(es) do mundo", "cansaço do mundo" e outras traduções de significado semelhante (sendo welt "mundo" em alemão e schmerz significa "dor").

O termo foi usado pela primeira vez pelo escritor romântico alemão Johann Paul Friedrich Richter, denotando um sentimento de perceber e entender a insatisfação que temos na realidade física. Não existindo felicidade absoluta na condição de existência humana (sendo a felicidade dada "aos pedaços", em penas partes e doses), fazendo com isso que o ser humano sofra pela busca insaciável pela felicidade.

É o sentimento de tristeza resultado do pensar das dores e sofrimentos do mundo, comparado com uma empatia ou teodicéia.

Muitos filósofos mostraram ter esse sentimento, independente de suas épocas ou lugares onde viviam, a dor pelos problemas do mundo faz parte dos filósofos.

O próprio Jean Paul (nome artístico de Johann Paul Friedrich Richter) escreveu uma vez:
"Somente seus olhos viram todas as agonias de mil pessoas em suas origens. Esta dor do mundo, ela pode, por assim dizer, apenas para suportar a visão do Santíssimo, que porteriormente remuneramos."

Na psicologia moderna, weltschmerz possui o significado de dor psicológica resultado de um problema para com o mundo, a sociedade ou a vida. Gera depressão, escapismo, triteza e atormento psicológico; equivalenta a anomia.

Frases sobre o sofrimento humano de filósofos notáveis que tinham weltschmerz:

"Se o desejo, que se aloja na raiz de toda a paixão humana, puder ser removido, aí então, morrerá esta paixão e desaparecerá, conseqüentemente, todo o sofrimento humano." - Buda

"A essência da existência é a dor." - Schopenhauer

"A felicidade não passa de um sonho, e a dor é real... Há oitenta anos que o sinto. Quanto a isso, não posso fazer outra coisa senão me resignar, e dizer que as moscas nasceram para serem comidas pelas aranhas e os homens para serem devorados pelo pesar." - Schopenhauer

"A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido. Não na vitória propriamente dita". - Mahatma Gandhi

"Que nobre inteligência assim perdida! O olhos do cortesão, a língua e o braço do sábio e do guerreiro, a mais florida esperança do Estado, o próprio exemplo da educação, o espelho da elegância, o alvo dos descontentes, tudo em nada! E eu, a mais desgraçada das mulheres, que saboreei o mel de suas juras musicais, ter de ver essa admirável razão perder o som, qual sino velho, essa forma sem par, a flor da idade, fanada pela insânia! Ó dor sem fim! Ter já visto o que vi, e vê-lo assim!" - Shakespeare

domingo, 3 de abril de 2011

A escolástica



Uma das correntes filosóficas na Idade Média (famosa Idade das Trevas) foi a escolástica, que à princípio visava buscar conciliar fé e razão .

Esta escola filosófica vigora do princípio do século IX até o final do século XVI, que representou o declínio da era medieval. A escolástica é o resultado de estudos mais profundos da arte dialética (as artes liberais, o trivium e quadrivium), a radicalização desta prática. No começo seus ensinamentos eram disseminados nas catedrais e monastérios, posteriormente eles se estenderam às Universidades, diminuindo o monopólio do conhecimento que a Igreja possuía naquele tempo.

A filosofia da Antiguidade Clássica ganha então contornos judaico-cristãos, já esboçados a partir do século V, quando se teve a urgência de mergulhar mais fundo em uma cultura espiritualizada que se desenvolvia rapidamente, para imprimir a estes princípios religiosos um caráter filosófico, inserindo o cristianismo no âmbito da filosofia greco-romana e neoplatônica.

A escolástica buscava o conhecimento científico e busca racional sem necessidade de "botar Deus, religião e teologia no meio". Isso não significava que os escolásticos deixavam de crer em deus ou coisa assim, apenas contrariava o fanatismo religioso que, por sorte da escolástica, estava diminuindo na época. [O fanatismo religioso fazia parte do cotidiano do europeu medieval. Quase toda hora era Deus, Igreja...E mais Deus!]

Embora prege a desncessidade do fanatismo religoso, a escolástica é ligada com a religião, por se opor ao fervor da mesma e também, por exemplo, ao conceito de predestinação. Alguns escolásticos notáveis são Roger Bacon, Alberto Magno, Bernardo de Claraval, Boaventura de Bagnoregio e Tomás de Aquino.

Tomás de Aquino teve auxílio filosófico da escolástica, acabando por virar o seu mais notório pensador. Ele dizia que o homem é privilegiado pela razão, cabendo a ele mesmo decidir escolher entre o certo e o errado e livre para o bem e o mal.

sábado, 2 de abril de 2011

Os cínicos



A escola filosófica fundada por Antístenes, o cinismo, pregava uma filosofia raíz: O desapego à tudo que for profano é o único caminho para a verdadeira felicidade.

Popularmente o termo cínico é usado para chamar uma pessoa sem pudor, indiferente ao sofrimento e problema alheio; tendo nada haver com o significado filosófico da palavra.

A corrente do pensamento cínico pode ter se originado num episódio da vida de Sócrates (de quem Antístenes era pupilo), qual este passava no mercado de Atenas e comentou: "Vejam de quantas coisas precisa o ateniense para viver."
Cinismo se fundamenta em retornar à natureza, buscar a virtude moral e na idéia de que nada de mundano trás de fato felicidade de verdade. [Antístenes criticava a sociedade e moral de seu tempo.]

Outros cínicos notáveis também foram, por exemplo, Diógenes de Sínope e Crates de Tebas.

Esse pensamento também buscava assim por dizer um estado de autarquia (condição auto-suficiente) no indivíduo, isto é, ser feliz por si próprio, sem depender de nada.

Teoria e Lei

Em relação às descobertas científicas existem dois meios de classificar o princípio assim descoberto; sendo considerado como uma lei ou uma teoria. Ambas descrevem fenômenos naturais, os seus princípios e fatos.

• Lei: Explicação comprovada pela experimentação, isto é, a prática contribui para a aprovação deste princípio. Dirente do sentido jurídico de lei, o significado científico da palavra não é de algo que deve ser cumprido, e sim, de algo que acontece (entretanto, em ocasião e circunstância apropriada).
Exemplos de leis científicas é a lei de conservação de massa (ou de Lavoisier) e as de Kepler.

• Teoria: Explicação que é limitada pela experimentação, ou seja, não pode ser considerada como verdadeira.
Um exemplo de teoria é a evolucionista. Ela se torna a explicação mais plausível em como possa ter sido o percurço da história natural ao longo da vida do planeta. Não tem como voltarmos à milhões de anos e ver se a seleção natural, por exemplo, é uma verdade absoluta, sendo que o sustento deste preceito se baseia em evidências sem uma prova concreta e comprovadora. [Não só com esta teoria, e sim com qualquer uma é assim.]

Para que dar esta introdução de ciência? Pois mostra como uma descoberta pode ser limitada por algo importante em seu procedimento, a experiência. Nem tudo pode ser provado com prática, algumas coisas acabam tendo credo por meio da teoria, daquilo que é hipotético.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O preço de cada ato

"Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não deixarei que nada me domine." - 1 Coríntios 6:12 (autoria do apóstolo Paulo)

É normal do ser humano em botar limites em aquilo que faz, delimitando o que é certo e errado; o que podemos/devemos fazer e o que não podemos/devemos fazer. Tabus são impostos para limitar nossas ações: Crimes, imoralidade, antiética, pecados, etc.

Entretanto, somos livres para fazer o que quisermos, mas sumetidos às consequências daquilo que fazemos. Podemos fazer qualquer coisa, entretanto, o princípio de que "toda ação tem uma reação" adverte que não devemos fazer o que bem queremos. A pessoa tem paz de espírito quando o que ela quer se adequada ao necessário, moderado e também com toque pessoal (mais sem abuso e opulência).

"Toda ação provoca uma reação de igual intensidade, mesma direção e em sentido contrário." - Isaac Newton

Embora a frase acima seja utilizada pela física, ela também tem crédito filosófico. Tudo o que se faz tem seu devido troco, que é devolvido igualmente. Vai como foi, porém, ao invés do ser fazer, o mesmo está recebendo a reação (seja boa ou ruim, depende do que o infeliz fez).