domingo, 3 de abril de 2011

A escolástica



Uma das correntes filosóficas na Idade Média (famosa Idade das Trevas) foi a escolástica, que à princípio visava buscar conciliar fé e razão .

Esta escola filosófica vigora do princípio do século IX até o final do século XVI, que representou o declínio da era medieval. A escolástica é o resultado de estudos mais profundos da arte dialética (as artes liberais, o trivium e quadrivium), a radicalização desta prática. No começo seus ensinamentos eram disseminados nas catedrais e monastérios, posteriormente eles se estenderam às Universidades, diminuindo o monopólio do conhecimento que a Igreja possuía naquele tempo.

A filosofia da Antiguidade Clássica ganha então contornos judaico-cristãos, já esboçados a partir do século V, quando se teve a urgência de mergulhar mais fundo em uma cultura espiritualizada que se desenvolvia rapidamente, para imprimir a estes princípios religiosos um caráter filosófico, inserindo o cristianismo no âmbito da filosofia greco-romana e neoplatônica.

A escolástica buscava o conhecimento científico e busca racional sem necessidade de "botar Deus, religião e teologia no meio". Isso não significava que os escolásticos deixavam de crer em deus ou coisa assim, apenas contrariava o fanatismo religioso que, por sorte da escolástica, estava diminuindo na época. [O fanatismo religioso fazia parte do cotidiano do europeu medieval. Quase toda hora era Deus, Igreja...E mais Deus!]

Embora prege a desncessidade do fanatismo religoso, a escolástica é ligada com a religião, por se opor ao fervor da mesma e também, por exemplo, ao conceito de predestinação. Alguns escolásticos notáveis são Roger Bacon, Alberto Magno, Bernardo de Claraval, Boaventura de Bagnoregio e Tomás de Aquino.

Tomás de Aquino teve auxílio filosófico da escolástica, acabando por virar o seu mais notório pensador. Ele dizia que o homem é privilegiado pela razão, cabendo a ele mesmo decidir escolher entre o certo e o errado e livre para o bem e o mal.

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