quinta-feira, 17 de março de 2011

Dança com o Diabo

Falemos de um assunto polêmico e complicado (e parte da relação de crime e justiça no Brasil): A polícia, o crime/tráfico e milícias.

[Quando falarei do crime, tratarei especificamente do tráfico!]

No restante do mundo eu não sei dizer, mais aqui no Brasil é algo complicado, nesse jogo de polícia e ladrão às vezes fica até complicado considerar quem é mocinho e quem não é.
De um lado, a polícia representa a moral; a justiça dentro de um lugar; os que fazem prol daquilo que é certo. Entretanto, existem policiais corruptos e os que não sabem ser policiais de verdade (que nem, sabia que existem policiais que revendem drogas que apreendem de traficantes?).
Do outro canto, o tráfico. Pessoas que não tiveram opção na vida, sem chances de futuro na sociedade e que cresceram num lugar e ambiente difícil, e que acabaram tendo essa vida como opção e acolhendo a mesma.

O que torna essa rivalidade complicada é que a polícia enfrenta essas facções criminosas, e ao mesmo tempo tem problema com as milícias. Os traficantes guerreiam contra a polícia, e também, contra outras facções criminosas.

Os traficantes não são mal intensionados. Eles (ou pelo menos parte) mesmos sabem que se envolver com drogas é errado, entretanto, é do perigo que eles vivem. [Fora os idiotas que entram nessa vida "porque é estilo, bacana"]
Se consideram protetores de sua comunidade, usando o medo para ganharem respeito e fazer aqueles que os desafiarem à pensar antes de fazer isso. A polícia para eles é quem causa terror, pois para eles a polícia que começa as trocas de tiro.

A polícia tem a intensão de proteger a sociedade, embora normalmente seu "proteger as pessoas" seja visto por um ponto de vista direitista. O respeito quase automático que a sociedade tem por eles faz muitos serem prepotentes, e até mesmo os fazerem deixar de fazerem seu serviço de forma adequada. Se consideram como "guerreiros da ordem e justiça".
Isso pode até resultar numa busca maior por mais respeito e autoridade, o que é o caso das milícias.

De um lado ficam pessoas de mentalidade moralista e que pretendem defender a sociedade; de outro, pessoas sem muita chance na vida e que batalham (literalmente!) para sobreviver.
Os traficantes se dizem proteger a comunidade deles, a polícia a sua cidade. Os dois falham, pois o que fazem é quase guerra civil.

Os meios e objetivo de alguns, às vezes, até torna indistinguível a restrição de herói e vilão nessa história.

Abaixo, uma parte do documentário Dançando com o Diabo:

Nenhum comentário:

Postar um comentário