domingo, 27 de março de 2011
O mito da caverna
O mito da caverna tem autoria de Platão, presente em A República, no livro VII. Trata-se da exemplificação e alegoria de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade.
Para que se possa entender o que esse mito pretende passar, exercite sua imaginação com o que será proposto: Imagine um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, sem poder sair, olhando somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens e coisas que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons do mundo exterior, de modo que os prisioneiros os associariam às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade do mundo exterior.
O que aconteceria quando sairam da caverna? Num primeiro momento, a claridade os cegariam. Depois, se adaptariam a claridade, veriam os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, veria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projectadas no fundo da caverna) e que somente agora está a contemplar a própria realidade.
Que lhe aconteceria no retorno? Os demais prisioneiros tentariam ridicularizá-lo, não acreditariam nas suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas gracetas, o espancariam, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam o matando; ou apenas o ridicularizar ao extremo. Mas, quem sabe, alguns poderiam o ouvir e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair da caverna rumo à realidade.
O que o mito da caverna nos passa metaforicamente da condição humana perante o mundo, sendo à educação o conhecimento filosófico bastante valorizado na luta contra a ignorância.
As pessoas na caverna fazem o papel das ignorantes, que interpretam como real aquilo que é apresentado para o mesmo, tendo assim uma perspectiva superficial da realidade.
A caverna seria a visão de mundo superficial que temos, que condicionamentos que constrõem nossa ideologia criam, assim nos "prendendo numa caverna".
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